Há vários meses uma convocação vem sendo
feita via internet para que se comece a provocar uma profunda e radical mudança
na política, sem coloração partidária, a partir desse sábado, 7 de Setembro,
dia em que se comemora a Independência do Brasil. “Vamos impor o fim do cinismo
descarado, da corrupção endêmica e do banditismo institucionalizado”, preconiza
o chamado. Palavras de ordem como “estamos de saco cheio” e “chega de afronta”,
são repetidas insistentemente. “Que a lei de hoje puna (como puder) os canalhas
que emporcalham e seviciam a Nação”, lê-se num cartaz postado no face book.
Mas o sentimento geral demonstrado nos
comentários postados é que que isto não basta, porque “a maioria dos que hoje
acusam, foram os canalhas de ontem, ou serão os canalhas de amanhã”. “Vamos
iniciar um vigoroso movimento popular que produza uma verdadeira reforma político/administrativa,
profunda, séria e radical, ou tudo continuará como sempre foi”. “Uma reforma
que afugente da vida pública a corja de escroques que sugam o sangue da nação”.
A reforma político/administrativa
proposta deverá instituir, dentre outras, as seguintes medidas:1) Comprovação
documental rigorosa da idoneidade dos candidatos. 2) Extinção ou profunda
restrição da imunidade parlamentar. 3) Obrigatoriedade de abertura do sigilo
fiscal e bancário de vereadores, prefeitos, deputados, senadores, ministros de
estado, presidente da república, vice-presidente da república, partidos políticos,
dirigentes de partidos políticos, diretores de entidades da administração
direta e indireta, juízes e desembargadores. 4) Proibição de contratação de
parentes e afins de até o nível de 3º grau. E que a admissão de parentes ocorra
apenas por concursos, onde o critério seja técnico. 5) Adequação ou mesmo a
redução drástica de salários, benefícios e aposentadorias para ocupantes de
cargos legislativos a nível municipal, estadual e federal. 6) Introdução de
pesadas agravantes na legislação penal, cível e tributária, para crimes
cometidos pelos homens públicos. 7) Obrigatoriedade de comprovada capacitação e
experiência dos aspirantes a cargos de direção em entidades da administração
direta e indireta.
“Esta é a hora de criarmos reais
condições para que a esperança vença a descrença, pois, apenas assistimos a
este teatro como se não tivéssemos poder para alterá-lo. Esta é a hora de
agirmos! Pelos nossos filhos e netos e em respeito aos 50 milhões de miseráveis
deste país, que vivem o martírio de uma vida de sofrimento desumano”,
argumentam os mentores do movimento.
“No dia 7 de Setembro, às17:00 horas,
vamos paralisar o Brasil.
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