Osvaldo Pereira Franco nasceu em Feira
de Santana, no dia 16 de outubro de 1922. Filho de Francisco Pereira Franco e
Ana Alves Franco. Estudou somente o curso primário, pois logo cedo mostrou o gosto
pela bola e deixava a escola para ir jogar no campo de futebol. Aos doze anos
já era um exímio goleiro.
Sua estreia foi no time do Bahia de
Feira e depois foi para o Fluminense. Viajou por muitas cidades da Bahia e
outros estados, acompanhando seu time. Foi classificado como o melhor goleiro
da época. “Era como um avião para pegar a bola”, lembram os fãs, referindo-se
às “pontes” que ele fazia para pegar a bola no ar. Foi destaque nos jornais da
época, tal era a sua habilidade embaixo dos três paus.
Na Copa de 1958, quando o Brasil foi
campeão, estando em Recife encontrou-se com um Capitão do Exército, que o
reconheceu e lhe disse: “Rapaz se você estivesse jogando na Copa, você faria
melhor do que o goleiro do Brasil”. Ioiô deixou o futebol aos 35 anos, mas
ainda jogou futebol de salão, no Feira Tênis Clube, por algum tempo. Foi
proprietário de um hotel na Praça Fróes da Mota, depois adquiriu um caminhão e
viajou pelo Brasil a fora carregando mercadorias.
Era uma pessoa inconstante, e chegou a
montar um bar que era denominado de “Bola Cheia”. Depois, passou a negociar com
imóveis, carros, etc. Quando João Durval foi eleito prefeito, convidou Ioiô
para ser delegado de Polícia, e ele permaneceu no cargo por 6 anos até a gestão
do Newton Falcão. Adquiriu então um Posto de Gasolina.
Como delegado criou mecanismos de
prevenção ao crime, como as famosas rondas que fazia nos meretrícios à noite e
também durante o dia, quando revistava os frequentadores e levava estranhos
para a delegacia para interrogar e fazer averiguações.
O jornalista José Carlos Pedreira (Zé
Coió) era dono do boliche que existia na rua Carlos Gomes, “point” da juventude
feirense nas décadas de 60 e 70, onde aconteceu um fato curioso. O goleiro
Ubirajara, campeão baiano pelo Fluminense de Feira em 1969, deu um soco tão
violento num sujeito, que este saiu “voando” sobre as mesas do Boliche e
deixando um rastro de merda pelo chão. O episódio ficou conhecido como o caso
do “bateu cagou”.
Ao se recuperar do murro, o sujeito se
armou com um revolver e atirou em Ubirajara, que não foi atingindo e saiu
correndo pela rua com o sujeito atrás atirando e sem conseguir acertá-lo.
Chamado, Ioiô Goleiro prendeu o sujeito, mas não encontrou Ubirajara. Mas não
demorou a localizá-lo escondido na residência de Alberto Oliveira, então
presidente do Fluminense. Como não houve mortos nem feridos, e ambos eram até
então pacatos cidadãos, feitas as acareações e averiguações de praxe, Ioiô
soltou os dois.
Ainda segundo Zé Coió, Ioiô gostava de
se vestir bem, usava sapatos bem lustrados e bons paletós. Já com a idade
avançada, passava as tardes na sede da filarmônica 25 de Março, onde homens da
alta sociedade feirense se reuniam para jogar baralho. “Ele deixava que os
velhos ricos ganhassem, para não contrariá-los, mas sabia que os filhos iriam
lhe pagar o que os pais perderam no jogo”, lembra Coió, acrescentando que Ioiô
era um homem sério, querido por todos, e temido pelos foras da lei.
Ioiô goleiro foi casado com D. Olga
Carneiro Franco, com quem teve cinco filhos: Sônia, Tânia, Olival, Jussara e
Olga Maria.
Faleceu no dia 17 de agosto de 1994,
aos 71 anos de idade.
Um comentário:
Meu amado e maravilhosa Pai, que a Paz e a Luz do Senhor se faça sobre Ele!!! Obrigada Senhor, pelo Pai e Mãe que me deste.
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