sexta-feira, 23 de maio de 2014

O Brasil em xeque

Cristóvam Aguiar


          Um amigo meu acredita que não será bom para o Brasil se Dilma Rousseff perder as próximas eleições. Segundo ele, o governo que assumir no lugar do PT não poderá fazer muita coisa para melhorar o Pais porque o estrago feito nesses últimos 10 anos é muito grande. E ele explica: “Nesse caso, em quatro anos o PT reassumiria o governo como salvador da Pátria que ele mesmo colocou em risco.” E completa: “É melhor que ela fique mais quatro anos cause, mais estragos, para que as pessoas entendam, de uma vez por todas, que o PT não é a solução e sim o problema.”

         Há muito tempo eu digo que o Brasil só entraria nos eixos se passasse por uma guerra civil. Digo isso porque toda grande nação passou antes por guerras e ao fim delas, os sobreviventes passaram a entender o valor da liberdade e soberania, porque lhes custou sangue, sofrimento e lágrimas.  Como se diz, só se dar valor ao que tem depois que se perde. E para reconquistar o que perdemos é necessário muita luta e sofrimento, como acontece em uma guerra.

         Mas, isso não vai acontecer no Brasil porque o povo brasileiro está subjugado pela sua própria inercia, acomodação e preguiça. Queremos tudo fácil. Deixamos que governantes resolvam por nós coisas que só a nós mesmos compete resolver. Gostamos de dinheiro fácil, privilégios em instituições e órgãos públicos, amizade com políticos para pedir favores e, principalmente, ganhar muito sem trabalhar. Assim sendo, nos tornamos reféns daqueles que deveriam ser, na pratica, nossos empregados mas, agem como se fossem nossos patrões.

         Fossemos nós um povo brioso, cheio de amor próprio, e disposto a lutar para ter o que desejamos, jamais teríamos chegado à situação em que nos encontramos atualmente. O País está dominado pelo crime organizado. Ninguém pense que quando digo crime organizado estou me referindo aos traficantes de drogas, ladrões, assassinos, e vagabundos de toda espécie. Não! Refiro-me àqueles que estão por trás destes. São as cabeças pensantes que não aparecem na mídia, nem ocupam cargos públicos, mas, manipulam todas as ações nesses setores.

         Estas pessoas bancam os políticos e os bandidos. Usam até gente honesta como inocentes uteis para atingir os seus objetivos. Financiam campanhas políticas e escolhem nas periferias das cidades crianças e adolescentes com potencial para atender aos seus interesses, financiando-lhes estudos, oferecendo cargos, fornecendo armas, dinheiro e todo o necessário para que, de acordo com a capacidade de cada um, possam no futuro representa-los.

         Daí surgem os bandidos poderosos, os políticos desonestos, o braço assassino, além de médicos, advogados e outras profissões utilizadas pelo crime organizado para dominar o país. É esta a situação em que vivemos. Sei que alguém vai dizer que sou paranoico, maluco e vão usar também outros adjetivos para me desqualificar. Não importa. Me basta ter o conhecimento destas coisas e que esses indivíduos saibam que, pelo menos a mim, não enganam.

    

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