
Esta afirmação soaria forte em um estado rico, mas em um estado pobre,
que tem o maior número de usuários do Bolsa Família (sim, isto não é
para ser celebrado), soa como uma irresponsabilidade inaceitável. O
turismo, em qualquer lugar, é um forte gerador de renda e emprego e a
Bahia tem uma vocação natural para isto.
Um dos exemplos do descaso é o que aconteceu com o Centro de
Convenções. Como pode, um destino atrativo como Salvador, para feiras e
congressos, não ter um espaço adequado? O descaso começou no governo
Paulo Souto e teve a pá de cal lançada no governo do PT. Agora, nesta
improvisação e incompetência gerencial que gerou o desabamento, fica o
retrato nu da situação registrado nas palavras do criador do Centro de
Convenções, o engenheiro civil Carlos Emílio Strauch. Ele foi o autor do
projeto estrutural do equipamento, inaugurado em 1979, e disse à
promotoria que investiga o caso que há mais de 13 anos não eram feitos
serviços de manutenção. Ele ainda destacou que " as obras que estavam
sendo realizadas naquele momento não seriam suficientes para a
reabertura".
Agora, não se sabe quando teremos um novo, onde será, ou porque não
poderá ser no mesmo local. Há muita conversa, pouca explicação e nada em
definitivo. Enquanto isto, perdemos visitantes, retrai-se a cadeia
hoteleira e acentua-se o desemprego.
O turismo na Bahia é uma prioridade. O estado tem a obrigação, o dever,
de otimizar este potencial da natureza e da cultura e não ficar
culpando o mordomo pela situação. O preço que estamos pagando pela falta
de estratégia é caro demais.
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