
“Art. 3º -
Para os efeitos desta Lei, os níveis máximos de sons e ruídos, de qualquer
fonte emissora e natureza, em empreendimentos ou atividades residenciais,
comerciais, de serviços, institucionais, industriais ou especiais, públicas ou
privadas, assim como em veículos automotores, são de:
I - 60 dB
(sessenta decibéis), no período compreendido entre 22h e 7h;
II - 70 dB (setenta decibéis), no período compreendido entre 7h e 22h.
II - 70 dB (setenta decibéis), no período compreendido entre 7h e 22h.
Para
enfrentar sua própria Lei do Silêncio, a Prefeitura fez uma lei sob medida para
permitir que só a Fonte Nova possa desrespeitar os limites. É a Lei Municipal
nº 8.675/2014, que libera shows ali de 10 da noite até o outro dia de manhã,
emitindo 110 dB (cento e dez decibéis), medidos nas residências de eventuais
incomodados, isto é, todos os moradores dos bairros de Nazaré, Saúde, Dique do
Tororó, Galés, Brotas e Jardim Bahiano, que por certo votaram no prefeito e nos
vereadores que fizeram a nova lei sob medida...
A baderna da insegurança pública (I)
Presidente,
ministros, governadores, prefeitos, senadores, deputados, vereadores, juristas:
chega de papo furado, discursos, anúncio de medidas jamais cumpridas, pactos, o
diabo que seja.
A insegurança
pública, no Brasil, atingiu níveis inimagináveis, talvez o pior do mundo! Mata-se
a cada minuto, e com armas de fogo, e fica tudo por isso mesmo.
A baderna da insegurança pública (II)
Vejam só um, entre milhões, exemplo: em Niterói, no famigerado Rio de Janeiro, existe uma rua que só é conhecida pelo nome “popular”: Rua do Perdeu. Lá, os assaltos acontecem por MINUTO, inclusive com mortes. A Polícia sabe, mas nada faz. Impressionante!
Vejam só um, entre milhões, exemplo: em Niterói, no famigerado Rio de Janeiro, existe uma rua que só é conhecida pelo nome “popular”: Rua do Perdeu. Lá, os assaltos acontecem por MINUTO, inclusive com mortes. A Polícia sabe, mas nada faz. Impressionante!
ESQUIZOFRENIA
O que mais
causa estranheza no empenho da Justiça e da Prefeitura em permitir shows num
estádio de futebol que vão causar perda de mais de 100 noites de sono por ano,
é que, em Salvador, neste exato momento, trava-se uma guerra, através da Sucom
contra todo tipo de poluição sonora, sendo a Transalvador instruída, inclusive,
a parar e multar veículos que estejam trafegando nas ruas da capital usando o som
alto. Imaginem! Medidas esquizofrênicas.
Uma desmente
a outra. Enquanto um automóvel, uma boate na orla, uma casa de pagode, só podem
emitir sons até 60 decibéis entre 22 horas e 7 da manhã, a Justiça e a
Prefeitura estão autorizando a Arena a emitir 110 decibéis no mesmo horário.
Funcionários serão lesados
Não tem como
fugir de uma regra: todas as pesquisas de saúde auditiva dizem que sons de 110
decibéis estão em nível de causar surdez, ansiedade, transtornos emocionais e,
claro, impedem que qualquer pessoa durma em suas casas nos bairros vizinhos ao
estádio da Fonte Nova.
As normas da
ABNT estão aí para provar isso. Então, quem vai pagar os tratamentos de saúde
dos funcionários que trabalharão nos 100 eventos sonoros madrugada afora? Quem
vai indenizar os residentes no entorno da Arena por insônia, ansiedade e outros
males?
FRASE
Incoerência
absoluta marca liberação da Fonte Nova para shows, enquanto a prefeitura vigia
o barulho através da Sucom e da Transalvador.
Mas não somos contra a alegria...
Ninguém é
contra que se façam shows na Fonte Nova. Desde que terminem às 10 da noite,
pois Lei do Silêncio é porque o ser humano precisa dormir, pois no outro dia
milhares de moradores do entorno da Arena terão que ir para o trabalho, para as
escolas, enfim, não se pode ficar 100 dias por ano sem dormir porque meia-dúzia
de pessoas precisam ganhar dinheiro com shows sem limite de emissão sonora. Aí
não dá, né?
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