O ímpeto hormonal e o enfretamento político são duas margens 
importantes do movimento estudantil, muitas vezes ocupando fronteiras 
que a Sociedade deixa passar em branco. Verdade que durante o governo do
 PT os movimentos estudantis estiveram silenciados pela generosidade das
 verbas que alimentaram a UNE e afinidade ideológica que tolerou toda a 
corrupção do governo petista e cúmplices.
 Agora, com a queda de Dilma, os estudantes recuperaram a memória e 
voltaram a lutar congra as medidas do governo Temer. Não cabe discutir, 
neste texto, se o movimento é justo ou não, se é alimentado por partidos
 ou não. O que cabe discutir é se a ocupação tem o direito de 
condicionar o funcionamento da Reitoria, com pagamentos, convênios, 
processos em andamento, que estão sendo impedidos de serem executados, 
conforme notícia na Tribuna Feirense. 
 Esta atitude é absolutamente inconcebível, inaceitável. Inadmíssivel 
que uma Universidade tenha seu funcionamento administrativo impedido por
 protestos de alunos. O Reitor que havia apoiado a ocupação de um 
equipamento público- apesar de ser seu gestor- esvai-se em negociações 
para que a Universidade funcione e os processos sejam retirados de lá, o
 que os estudantes não permitiram.
 O MP já cobrou a desocupação ao Reitor, que segue, sem tomar uma 
atitude mais firme, levando seu mandato ao desgaste e enfraquecimento. O
 protesto é um direito, precisa ser assegurado, mas impedir o 
funcionamento da Administração da Universidade é abuso. A desocupação, 
nos termos da lei, terá de ser feita e o Reitor não poderá adiá-la até o
 infinito. 

 
 
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