
Comandando a operação Lava-Jato ele condenou politícos, desmontou
esquemas, recuperou verbas, encarcerou empresários frequentadores
contumazes dos notíciarios de fraude e que jamais sonhamos em ver presos
e condenados, e modificou nossa percepção do que deve ser a ação da
justiça. Evidentemente que está sujeito a críticas e elas devem ser
feitas. Em uma operação com a envergadura da Lava-Jato seria quase
impossível não haver alguma eventual ação que gerasse embate juridico, o
que deve ser ententido naturalmente. Aliás, até acho que deve haver
alguma lei que limite o abuso de autoridade, embora não aquela
patrocinada por Renan e seus asseclas.
O que estamos vendo, no entanto, é que a medida que a Lava-Jato se
aproxima das lideranças políticas mais destacadas, com cacife
presidencial, nos diversos partidos, acentua-se as acusações e
tentativas de desgastar e apear Moro de seu cavalo de batalha. O ataque
nasce quando cada um vê ameaçado seu projeto de poder. Agora, a
novidade, é acusar Moro de ser político e candidato, o que o juiz nunca
sinalizou. No entanto, se o fosse, desde que afastado da magistratura,
não haveria nada de ilegal, nem invalidaria nenhuma de suas ações. O
argumento serve apenas como sofisma para justificar as reações e
escolhas pessoais de poder.
O que os políticos delatados tem de justificar são seus crimes, que
lesam os brasileiros e o país. Moro, por sua vez, deve buscar o rigor da
lei e não sair de sua margem. Aliás, sou contra uma parte das 10
medidas contra a corrupção que ele defende exatamente porque acho que
vai além do papel do estado, como o tal do " teste de honestidade", mas
nem por isso vou deixar de reconhecer o monumental trabalho e exemplo
que ele está legando a esta esfacelada e saqueada nação.
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