
A população,
exausta do nós contra eles, da imposição ideológica, do protagonismo das
minorias, dos discursos utópicos, sustentado pelos impostos do cidadão, mas
especialmente do caráter universalizado da corrupção que levou o país a
falência da Petrobrás e um grande rombo em outras estatais e fundos de pensão,
gerando a crise atual com 12 milhões de desempregados, mostrou que que não está
disposta a fazer concessões ao PT, praticamente varrendo-o do poder.
Evidente que
haverá um espaço a ser ocupado pela esquerda, ainda definido, visto que o
candidato mais reluzente e e apoiado pela elite branca intelectual do Rio de
Janeiro levou uma sova exemplar, perdendo, acreditem, para o ex-bispo Crivella.
Há, um
aspecto, entretanto, tão ou mais significativo do que a derrota da esquerda,
que foi o crescimento da abstenção, atingindo indíces com mais votos que vários
eleitos.O fato vem se repetindo em todas as eleições. O sinal é claro e
indiscutível: o cidadão não está satisfeito com com a prática política e os
políticos que temos. Em duas grandes cidades: São Paulo e Belo Horizonte os
vencedores usaram o discurso da gestão empresarial e da rejeição a ser
político. O cidadão quer gestão eficiente, aplicação precisa dos recursos, que
melhorem os serviços públicos e atendam suas demandas. O Congresso , no
entanto, faz ouvidos de mercador: não anda com a reforma política, continua
produzindo negociatas, e gastando de forma perdulária.
A população
não está suportando mais este modelo atual. É preciso que se reconheça o recado
que veio das urnas e se tome as medidas necessárias para responder e recuperar
o interesse político do cidadão ou sofreremos as consequências, que são o
surgimento de aventureiros ou a perda do controle social. As ruas gritam, os
políticos continuam fingindo-se de surdos. (Publicado no Tribuna Feirense)
Nenhum comentário:
Postar um comentário