
Temer tomou uma série de pequenas medidas acertadas, desde a liberação
dos aviões da FAB para transporte de orgãos, passando por mudança na
política externa, à reorganização da economia. Anunciou a reforma do
ensino médio, empacada desde o governo Dilma- sem protestos-; a reforma
da Previdência, inevitável; a PEC do Teto de Gastos, com defeitos, mas
necessária; apesar de duras. Acontece que Temer deve parte de seu
sucesso aos velhos amigos- ou cavaleiros do apocalipse-, se preferir:
Jucá, Geddel, Moreira Franco, Padilha. Todos já citados na Lava-Jato,
sendo que um deles, Jucá, teve de renunciar ao cargo de Ministro.
Temer, refém e cúmplice, em igual proporção, prefere agir como amigo
dos amigos. Acaba de nomear Jucá líder do governo, e, faz-se de morto,
com o escândalo da demissão do Ministro da Cultura por pressão de Geddel
para liberar a construção de um imóvel em sítio histórico da Barra, em
Salvador.
Além disso, o interino, tem apoiado subliminarmente as ações contra a
Lava-Jato no Congresso, permitiu a farra áerea dos Ministros com avões
da FAB, aumentou os gastos nos cartões corporativos e não fez nenhuma
ação para cortar as despesas do governo central.
Temer está fazendo roleta russa com a sobrevivência política. A
população irritada, tensa, demonstra intolerância com a corrupção e
exige respostas maiores do que o Presidente sinaliza. Assim, esgota-se
rapidamente o limitado capital de boa vontade que parecela da Sociedade
lhe oferecia. E os riscos de Temer levar o país a uma convulsão se
acentuam.
A vaidade pessoal e os compromissos de grupo não podem ser maiores que a oferta do destino, para Temer
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