
O vereador
Nery, oposicionista, que, teoricamente, deveria contrapor-se a bancada
governista, aderiu ao trem com entusiasmo dando um salto triplo carpado
para dizer que a criação, se não tiver verba, não implicaria em
contratação. Ora, ora, se não há verba para que aprovar vereador? Melhor
evitar, pois, como sabemos, a ocasião estimula a contratação.
A aderência
universalizada mostra que o benefício entusiasma, mas falta justificar aos
cidadãos a utilidade, pois, eles querem ver ali, não um emprego de cabos
eleitorais, como acontece, mas uma real função destes funcionários. Aliás, o
famoso concurso da Câmara, para ter gente efeitva, é mais difícil de se
concretizar do que a zona azul da cidade e a morte do dragão por São
Jorge.
Neste
momento, os vereadores deveriam estar propondo medidas de contenção de
despesas do fabuloso orçamento da Câmara, de quase R$22 milhões/ano. Isto
a torna, aliás, se considerarmos apenas os repasses, um dos maiores munícipios
baianos ( voltaremos a este dado em outro post) . Gostaríamos de ver que a
Câmara não gastou seu orçamento e o devolveu a Prefeitura, para realizar obras
indicadas pelos vereadores, por exemplo.
O trem da
alegria que vai incorporando cada vez mais vagões não pode ter o apoio do
vereador Ronny, declarado candidato a Presidência da casa. Caso ele apoie,
mostra que não tem compromisso com a austeridade; caso recue, terá dado uma
demonstração que tem sensatez administrativa.
A sociedade
precisa estar de olho em todo dinheiro público nestes tempos de escassez.
Farinha pouca, nosso pirão primeiro.
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