O TRABALHO, o emprego e a justa remuneração são necessários para que os trabalhadores possam sustentar dignamente a si e a seus dependentes. Sem trabalho, a pessoa vai caminhando diretamente para a miséria e a fome. Sem trabalho, a assistência à saúde, à aposentadoria, todos os direitos sociais ficam prejudicados e afetam a dignidade do trabalhador.
QUANTAS pessoas, hoje, são vítimas do desemprego! A atitude de pedir emprego, muitas vezes, se assemelha a um pedido de esmola. O pedido é feito de uma maneira mais ou menos envergonhado, como se fosse uma coisa errada, ou se a pessoa tivesse culpa de não estar empregada. Na realidade, ela está exigindo um direito fundamental: o direito de trabalhar. O trabalho não é um favor. É um direito de todos!
AS MÃOS dos trabalhadores
e trabalhadoras cultivam a terra, erguem edifícios, preparam alimentos, fabricam
bens, curam, constroem, limpam, ensinam, educam, acariciam. Enfim, convertem a
matéria bruta da natureza em bens de uso que servem para uma vida de qualidade.
As mesmas mãos que são capazes de transformar a natureza, ajudam nas relações
interpessoais, comunitárias, culturais e religiosas.
O TRABALHO humano sempre deve ser um serviço à comunidade e um prolongamento da obra do Criador e merece um salário justo, que não quer dizer apenas o “estabelecido por lei”. É justo quando for suficiente para o trabalhador e sua família. Por isso, está roubando aquele que não paga um salário justo a seu empregado. Mas, o empregado também rouba, quando não cumpre seu dever em tempo e qualidade.
SÃO PAULO estabelece uma lei
dura: “Quem não quer trabalhar, também não deve comer” (2 Ts 3,10). O próprio
Cristo quis ser um trabalhador manual, passando grande parte de sua vida na
carpintaria com São José. Por intercessão de São José Operário e de Nossa
Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, invocamos a proteção de Deus sobre os
trabalhadores e suas famílias.
Dom Itamar Vian
Arcebispo Emérito
[email protected]
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