Eu nasci numa cidade, na época, mais ou menos do porte de Riachão do Jacuípe. Naquele tempo era comum se ver gatos, cães, muares e gado soltos pelas ruas. A cidade cresceu. Mas, a prática de soltar animais nas ruas permaneceu, causando transtornos para os habitantes da cidade, inclusive os donos dos animais. Foram várias as tentativas de se organizar a criação desses animais para não causar problemas para a população.
As causas foram as mais diversas. Irresponsabilidade dos proprietários dos animais sempre foi a causa principal. Some-se a isso a demagogia e inoperância dos poderes públicos. Eu mesmo, enquanto servidor público, apresentei ao prefeito da época um plano para prender e vacinar esses animais de rua, determinando regras para que permanecessem soltos e multas para as transgressões. Mas, logo apareceram os políticos demagogos para demover o prefeito da ideia (que ele havia acatado inicialmente) sob a alegação de que aquilo não lhe renderia votos e, pior ainda, tiraria. O prefeito, é claro, acatou a orientação e a cidade continuou vivendo um caos com animais soltos nas ruas por um bom tempo, até que, finalmente, foi criado um Centro Municipal de Controle de Zoonoses.
Riachão do Jacuípe está vivendo uma
situação idêntica à que Feira de Santana vivia até os anos 80. Animais soltos
tem sido a causa principal de acidentes nas estradas e de ataques a pessoas na
zona rural. A questão pode ser resolvida se as autoridades locais colocarem os políticos
contra a parede e exigirem deles uma solução. E ela existe. Só precisa vontade política
e mão firme para aplicar as leis.
Vivo nesta cidade há dois anos, tenho
acompanhado o crescente número de acidentes, principalmente de trânsito, envolvendo
animais de pequeno e grande porte. Recentemente uma jovem estudante de medicina
perdeu a vida na estrada que liga o município a Conceição do Coité ao atropelar
um animal na pista. Também o padre Denivaldo por pouco não morreu ao atropelar
um cavalo na mesma rodovia, dentro do perímetro urbano.
Posso apontar algumas soluções. Mas,
elas dependem da boa vontade das autoridades e a proibição de políticos interferirem
no serviço que poderá ser criado para prender, vacinar, tratar, alimentar e dar
destino aos animais soltos. As autoridades envolvidas no processo terão que
manter a mão firme para que o que atingir a Chico atinja também Francisco. Sem
favorecimentos de quem quer que seja.
Observação: Se precisarem de
ideias me disponho a colaborar e não cobro nada por isso.
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