A Olimpíada de 2016 será um desafio mais
complexo em termos de prevenção contra possíveis atos terroristas do que a Copa
do Mundo, segundo Andrei Augusto Passos Rodrigues, secretário extraordinário de
Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça.
Segundo ele, será necessário empregar uma
estrutura maior de segurança nos Jogos de 2016 em relação à que foi usada no
mundial de futebol devido à maior quantidade de atletas e competições.
"Na Copa eram 32 países, nos jogos
serão mais de 200. (Em 2014) eram 800 atletas e agora serão mais de 10 mil.
Então são números absolutamente distintos. São 42 campeonatos mundiais
acontecendo simultaneamente, no caso dos Jogos, em 17 dias", afirmou.
Rodrigues afirmou à BBC Brasil que o país
está preparado para prevenir ou agir contra eventuais ações extremistas.
Segundo ele, um Centro Integrado Antiterrorismo – com representantes de
diversas agências de inteligência estrangeiras – está sendo criado para que o
Brasil receba alertas contra possíveis ameaças com agilidade. Entre as nações
envolvidas estarão Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, França, Argentina,
Colômbia, Israel, Japão e China.
O secretário não apontou cenários
específicos de ameaça terrorista. Mas, segundo o consultor de segurança Hugo
Tisaka, da empresa NSA Brasil, uma das principais preocupações das autoridades
deve ser a ação dos chamados "lobos solitários" – extremistas não
vinculados a organizações conhecidas e monitoradas que realizam ações pontuais.
"Passamos por vários eventos e isso
nos trouxe uma experiência, uma expertise valiosa para amadurecimento do
processo e agora a gente pode aplicar isso no maior dos eventos", disse
Rodrigues.
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