
Mas como em muitos romances, havia o Guilherme, bom meio campista que marcava com precisão os passos de Miro sem este perceber. Nova viagem demorada e na semana seguinte ele aparece na casa da pequena. Eram 19h30min - para muitos sete e trinta da noite -, tempo de bater o pênalti que ele tanto prometia. Mas lá da esquina observou a presença de Guilherme. Sem nada entender deu meia volta e foi visitar uma cerveja no bar de Walter.
Noite seguinte lá estava na porta de Margot. “Amor hoje é o nosso grande dia, sente o perfume! Hoje eu vou bater aquele pênalti indefensável!” E a bela Margot, tranquilamente: “Não adianta!”. Sem perceber bem a dimensão do caso, ele questiona, “mas amor há quanto tempo esperamos isso?”, e Margot sincera: “É verdade, só que você demorou muito, acho que esperando o Arbitro de Vídeo. Com Guilherme não teve paradinha para enganar o goleiro. Ele mandou que eu ficasse na posição correta, com os braços e as pernas abertas e chutou com violência no meio do gol. Tentei defender, mas a bola entrou toda’‘. “E depois?” Pergunta o desalentado Miro. “Bem, aí foi só correr para o abraço, gol legal!”
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