Engenheiros brasileiros desenvolveram uma tecnologia inédita pra captar energia eólica (vento), para aumentar a capacidade elétrica no país.
Uma equipe de cientistas da USP está desenvolvendo um protótipo de gerador chamado Airborne Wind Energy (AWE), que é mais potente que os convencionais.
Os engenheiros Roberto Crepaldi e Leonardo Papais, formados na Escola Politécnica da USP, atuam desde junho de 2021 no projeto UFSCkite, da Universidade Federal de Santa Catarina, que pesquisa essa tecnologia desde 2012.
Mais potente
A diferença em relação às turbinas eólicas convencionais é que elas só utilizam uma fração dos materiais e ainda conseguem alcançar altitudes onde o vento é mais forte e consistentes.
Pra se ter uma ideia, a altura média de uma turbina eólica é de 120 metros e o kite brasileiro alcança entre 600 e 800 metros.
Além disso, é muito menor e pode ser facilmente transportado. Mais barato, mais poderoso e menos espaçoso.
Equipamento
O equipamento é composto de duas partes: uma unidade de solo e uma unidade de voo, que fica acoplada à vela.
As duas são conectadas por um cabo, que vai sendo puxado pela vela à medida em que ela é propelida pelo vento. Guiada pelos motores da unidade de voo, ela voa em “trajetória de oito” até levar o cabo ao seu limite.
Em seguida, é puxada de volta e o ciclo se repete. Como a energia necessária pelo motor da unidade de solo para puxar o cabo é só uma fração da produzida, cada ciclo termina acumulando energia, explica Crepaldi.
Próximos passos
O grupo de cientistas pretende ter um protótipo funcional até o fim do ano.
A ideia é conseguir investimento para iniciar uma empresa, expandir os testes e produzir um modelo comercializável, futuramente.
Segundo Crepaldi, a transição do projeto da universidade para a iniciativa privada ainda está sendo tratada e negociada com a UFSC.
Só Notícia Boa - Com informações do Jornal da USP
Nenhum comentário:
Postar um comentário