
Nascido em Baixa Grande, na Chapada Diamantina, região
pela qual até hoje é apaixonado, ele chegou à Feira de Santana com os pais,
Gerson e Aidê Borges, mais os irmãos Wellington, Wellisson, Valdenor e Lúcia,
ele com apenas três anos de idade. Aqui fez o curso primário, ginasial e
segundo grau, quase sempre em escolas públicas (apenas 2 anos do ginasial no
colégio Santanópolis), e passou no vestibular de Medicina da Universidade
Federal da Bahia, onde se formou em 1969. Ainda estudante, vinha de Salvador
para Feira de Santana para dar aulas de Química no Colégio Estadual, tendo sido
professor de muitos que hoje são colegas de profissão, como o ex-prefeito
Tarcízio Pimenta e também daquela que mais tarde viria a ser sua esposa,
Gersonita Borges.
Na juventude sempre foi ligado aos movimentos estudantis,
com predileção pela música e poesia, participando sempre de festivais e recitais,
e também tinha interesse pela política. Vivia-se o período da ditadura militar,
e ele não se apresentou para servir às forças armadas, e foi obrigado a fazer
depois de formado médico, servindo no hospital Geral do Exército, em Salvador.
A veia artística sempre foi forte, e ele compôs diversas músicas que foram
gravadas por diversos cantores, e já lançou quatro livros (O Protonauta; Cabeça
de Frade; Os Quatro Caminhos do Vento; A Verdade, o Tempo e Outras Mentiras),
além de ter trabalhos publicados nas antologias “Os Novos Valores da Bahia I” e
“Célula Doce e Corpos Florilégio”. Também é filiado a Associação de Músicos,
Arranjadores e Regentes – AMAR – e ao Movimento Poético Nacional. Participou do
movimento Cultura Hera, em Feira de Santana.

Vida profissional
Depois que deixou o Hospital do Exército, o Dr. Outran
Borges assumiu a coordenação dos ambulatórios médico dos distritos do município
de Ipecaetá. Também abriu um consultório de pediatria em Feira de Santana, no
largo São Francisco. Atendia ainda no Hospital Dom Pedro de Alcântara, que ele
considera como a sua segunda escola de medicina. E assim ele foi tocando a sua
vida profissional. Até que, deixou a coordenadoria dos ambulatórios em
Ipecaetá, passando a atender apenas uma vez por semana no Hospital do
Município, e passou a atender em hospitais de outros municípios vizinhos, o que
ainda faz até os dias de hoje. Era médico do Detran e da Prefeitura Municipal
de Feira de Santana.
Em 1995 foi nomeado diretor do Hospital Colônia Lopes
Rodrigues (HCLR), numa época em que a visão sobre o tratamento dos pacientes
deficientes mentais estava mudando, e os chamados hospícios, estavam deixando
de ser “depósitos de doidos”, e os pacientes passavam a ser tratados de forma
mais humanizada. Quando José Ronaldo de Carvalho assumiu pela primeira vez a
Prefeitura Municipal, em 2001, convidou o Dr. Outran Borges para ser o
secretário municipal de Saúde.
Santa Casa
Dr. Outran Borges continuou prestando atendimento médico
nos municípios com os quais tinha contato, e até ampliou o seu leque de
atendimento para regiões mais longínquas, como os municípios de Tamburi e
Iramaia, entre outros da Chapada Diamantina. Neste meio tempo, aposentou-se
como médico do estado e da Prefeitura Municipal de Feira de Santana.
No início do segundo mandato de José Ronaldo de Carvalho
como prefeito, a Santa Casa de Misericórdia enfrentava uma das suas piores
crises administrativa/financeira, sendo o que o Hospital Dom Pedro de Alcântara
(HDPA), mantido pela Santa Casa, estava para fechar as suas portas. Por
determinação judicial, o prefeito, que já ocupara anteriormente o cargo de
provedor da Santa Casa, foi nomeado interventor da instituição.

O cargo, não remunerado, poderia ser um presente de
reconhecimento pelos serviços prestados, mas, na verdade, era um grande
desafio. A Santa Casa estava mergulhada numa dívida de cerca de R$ 8 milhões e
os funcionários do HDPA estavam com dez meses de salários atrasados. Faltava
material para o trabalho e a instituição não tinha crédito na praça. Logo
surgiram especulações de que seria necessário vender parte do patrimônio para
salvar a instituição e o HDPA. Mas não foi assim.
O principal patrimônio disponível da Santa Casa, o
terreno conhecido como Campo do São Paulo, foi arrendado a um grupo empresarial
e as dívidas foram negociadas para pagamento parcelados com a renda obtida
através do arrendamento. De lá pra cá a história é bem conhecida. A Santa Casa
vive na corda bamba, gastando o que arrecada. Mas os funcionários estão com
seus salários em dia e o HDPA começa a se transformar num hospital de Alta
Complexidade, já tendo um centro cardiológico que dispõe de equipamentos de
ponta, inclusive realizando cirurgias cardíacas, e a Unidade de Alta
Complexidade em Oncologia, (Unacom) realiza tratamentos em pessoas com câncer
através de quimioterapia e até radioterapia. O Cemitério Piedade, também
mantido pela Santa Casa, é hoje um dos melhores da cidade.
Missão cumprida?
Aos 64 anos, mais de 40 de trabalho, após oito anos à
frente da Santa Casa de Misericórdia, e por tudo que já fez como médico,
artista ou simples cidadão feirense, se poderia dizer que sim. Embora muita
gente entenda que ele ainda pode dar muito pela cidade que o acolheu e adotou
como filho. O trabalho à frente da Santa Casa poderia ser até prazeroso, porque
o Dr. Outran gosta do que faz. Mas é uma atividade que lhe traz muitos
problemas, o que gera problemas de saúde e até familiares.
Os filhos, Outran Júnior (médico), Giordano Bruno
(farmacêutico) e Thaís (psicóloga) já são adultos e trabalham, e apenas alguns
laços de amizade e familiares (irmãos e mãe) ainda o prendem aqui. Por isso
todos os seus amigos acham que, mesmo que ele deixe a cidade, será para morar
em alguma cidade pequena, tranquila, e bem próxima daqui, porque a paixão da
sua vida sempre foi e sempre será Feira de Santana.
2 comentários:
Outran Borges é um gênio e eu o conheço há mais de 50 anos.
grande abraço
Luiz Ademir Souza, escritor
Mais de um milhão e meio de livros vendidos no Brasil e seis milhões no exterior
Luiz Ademir 45 anos de literatura
Artista visual e escritor da resistência, autor do best-seller ´Maristela´, 15ª. ed. romance com prefácio de Jorge Amado e capa Calasans Neto
PETER HAUSE, escritor*
O mundo se tornou pequeno para Luiz Ademir – do Brasil à Europa, para ele, é um pulo. Vende mais livros no exterior do que em sua terra Brasil. A Alemanha já o adotou – como filho que sabe enfrentar todas as intempéries... Recém-chegado da Europa, prepara-se para grandes eventos em todo o País, com uma forte e extensa programação de lançamentos e palestras. Agora 2015 é o ano de Luiz Ademir Souza e da ´Irmandade da Santa Nua´, sua obra literária hoje mais polêmica, para rádio, internet, TV e cinema.
Os romances de sua autoria ´Serafim...´, ´Maristela´, prefaciado por Jorge Amado e ilustrações de Calasans Neto, Carlos Bastos e Graça Ramos, ´A Prostituta Virgem´, com abas de Sérgio Mattos, capa de Vivaldo Lima, Mário Cravo e Geraldo Santana, ´Defuntos-Carnavais´ com introdução do italiano Giuseppe Brazzi e o feirense Christo Planzo, e os livros de poesia ´Cinco Poetas Contemporâneos´ com prefácio de Jorge Calmon e Germano Machado, ´Mombaça´, apresentado pelo historiador Geraldo Coni , Remy de Souza, Cesar Montes, Mabel Velloso, Utamá Sebastião, Jorge Lindasy, Jair Mendonça e Dina Gleyser, ´Em Carne-Viva´, com apresentação de José Barreto, Pedro Formigli e Jolivaldo Freitas, e orelhas de Vera Mattos, Luiz Amorim, Franklin Machado e João Gouveia, prepararam Luiz Ademir para nova fase internacional com o lançamento das edições bilingues ´O Estranho Amor da Senhora Calls´ ficção e realismo crítico, festejado acontecimento na Feira do Livro de Frankfurt, o grande destaque do Ano do Brasil na Alemanha em 94, ´Psicose de um Futuro Secretário de Estado´, ambos de ficção, com desenhos de Robério Cordeiro, Ayrson Heráclito, Violante e Guache, e ainda ´A Irmandade da Santa Nua´, cinema/teatro/televisão e internet, e o vitorioso `Reminiscência dos Mártires´, prêmio Ibero- Madri 2005), capa de Graça Ramos, Fátima Tosca e Marepe. Seu livro ´Maristela´ já foi apresentado à Globo para seriado especial.
[email protected] PARTE I
Mais de um milhão e meio de livros vendidos no Brasil e seis milhões no exterior
Luiz Ademir 45 anos de literatura
Artista visual e escritor da resistência, autor do best-seller ´Maristela´, 15ª. ed. romance com prefácio de Jorge Amado e capa Calasans Neto
PETER HAUSE, escritor*
II PARTE [email protected] EDIÇÕES CONTEMP Caixa Postal 2826
CEP 40 080-970 - Salvador-Ba
Mais de um milhão e meio de livros vendidos no Brasil e seis milhões no exterior
Luiz Ademir 45 anos de literatura
Artista visual e escritor da resistência, autor do best-seller ´Maristela´, 15ª. ed. romance com prefácio de Jorge Amado e capa Calasans Neto
PETER HAUSE, escritor*
´Maristela´ é a sua obra mais premiada, agora em 15ª. edição, e ´A Prostituta Virgem´, romance ´veloz´, não-só pela temática interessante, mostra Feira de Santana e sua gente inteiras, cidade reverenciada como a Capital do Sertão, ao tempo em que acentua a importância do município para toda a Bahia, como pólo comercial e de negócios, enaltecendo assim o seu povo com muita atenção social, mesmo quando ´frisa´ e ilumina críticas diante dos crimes da região. E antecipando as comemorações dos 45 anos de literatura do escritor Luiz Ademir, o jornalista alemão Aosuba, J. Limerfann acrescenta que “...não só simboliza resistência, Luiz Ademir é um escritor atrevido, resistente – nunca mamou nas tetas dos governos. Sua obra trata de coragem e destemor, crimes, contravenções e histórias de amor. Seu romance é de verdade e trata também do recôncavo e do sertão da Bahia, no Brasil. Sua poesia é visceral ´de bala e pólvora, de corpo e veneno, de amor e da esperança que vem do fogo...´ e/ou simplesmente ´As folhas caem, as folhas caem, caem as folhas.´
E é esse o grande escritor e melhor poeta contemporâneo das Américas!´. Premiado pela Prefeitura de Salvador e pelo Lions na década de 70 e recentemente Prêmio Ibero-Americano de Literatura (Espanha 2005). Luiz Ademir é um tempo novo que a Bahia reverencia e acolhe. O Prêmio Luiz Ademir 2014 está na 28ª. edição.
Conceição do Almeida, Muritiba, Vitória da Conquista, Feira de Santana e Salvador, municípios que lhe traçam os caminhos da carreira e reforçam as suas trilhas de batalha. Formado em Belas Artes em 1975 (Ufba), foi aluno de Juarez Paraíso, Graça Ramos, Petrô, Ivo Vellame, Possi Neto, Carlos Eduardo da Rocha, Pierre Close, Maria Helena Flexor, Hansen Bahia, Germano Machado, Carlos Sampaio, Arlindo Pitombo, Alberto Fiuza, Ceres Pisane, Onias Camardelli, Riolan Coutinho, Nildeia Andrade, Eunice Bahia e Marina Neves, entre outros grandes nomes. Doutor em Comunicação (Espanha) e PhD em Antropologia Urbana e em Artes Visuais, ambos em Paris, Luiz Admir Souza, 63, participou da implantação da UNEB, TV Educativa da Bahia e da Faculdade Dois de Julho. Primeiro reitor pró-tempore da Universidade do Recôncavo, professor da UCSal, titular de Artes-Educação e Comunicação por mais de 30 anos.
Postar um comentário