sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Feira quer silêncio


Uma ação da operação “Feira Quer Silêncio”, coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais, realizada na sexta-feira passada, (25), próximo ao Parque da Cidade, onde a poluição sonora no local chegou a 99,3 decibéis (o máximo permitido é 60 decibéis), resultou em tiroteio.
A Polícia Militar abordou no local um jovem acusado de praticar assaltos na região e ele resistiu à abordagem atirando contra a guarnição, conseguindo fugir em seguida. Policiais militares, funcionários das secretarias envolvidas na ação e os profissionais de imprensa que registravam o trabalho foram ameaçados por dois homens que estavam comandando a festa.
O ocorrido revela o que todo mundo sabia, mas que as autoridades fingiam que não viam. Geralmente onde há som em volume excessivo, existem também menores de idade que não deveriam estar ali, pessoas armadas, e outras situações suspeitas, conforme reconhece o atual secretário de Meio Ambiente, Roberto Tourinho.
Eu, que já prestei inúmeras queixas sobre poluição sonora através do 156, ou mesmo pessoalmente, já declarei, inclusive neste espaço, que funcionários da Semmam já me haviam dito que desistiram de efetuar ações conjuntas com a Polícia Militar porque, na maioria das ocorrências, o poluidor era sempre um amigo dos policiais ou até mesmo um policial à paisana, e por isso eles não registravam a ocorrência nem apreendiam o equipamento, conforme exige a lei.
Disse mais, e reafirmo agora, que onde há um carro de som parado com volume alto, há também marginais em volta. Se a PM resolver abordar pra valer, vai prender um monte de gente. Vai prender veículos também, porque a grande maioria deixa de gastar na manutenção e licenciamento do veículo para gastar com equipamento de som e sair por aí atazanando a vida de quem precisa de silencio e paz para descansar da árdua semana de trabalho.
E os veículos não são, ou pelo menos não eram até pouco tempo, os principais poluidores. Eram as igrejas (acho que acreditam que Deus é surdo), seguidas dos bares. Os veículos vinham em terceiro, conforme pesquisas divulgadas.
O resultado da operação “Feira Quer Silêncio”  já mostra alguns efeitos positivos, é verdade, mas ainda falta muito para fazer essa gente entender que não se pode sair por aí a desrespeitar os direitos dos outros impunemente.  Como disse o secretário Tourinho: “Feira não suporta mais essa onda de contravenção que tem como pano de fundo a poluição sonora”.
Mas, para combatê-la, nós, cidadãos, temos que fazer a nossa parte, obedecendo a lei e denunciando os infratores. Disque 156

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