A Polícia Militar abordou no
local um jovem acusado de praticar assaltos na região e ele resistiu à
abordagem atirando contra a guarnição, conseguindo fugir em seguida. Policiais
militares, funcionários das secretarias envolvidas na ação e os profissionais
de imprensa que registravam o trabalho foram ameaçados por dois homens que
estavam comandando a festa.
O ocorrido revela o que todo
mundo sabia, mas que as autoridades fingiam que não viam. Geralmente onde há
som em volume excessivo, existem também menores de idade que não deveriam estar
ali, pessoas armadas, e outras situações suspeitas, conforme reconhece o atual
secretário de Meio Ambiente, Roberto Tourinho.
Eu, que já prestei inúmeras
queixas sobre poluição sonora através do 156, ou mesmo pessoalmente, já
declarei, inclusive neste espaço, que funcionários da Semmam já me haviam dito
que desistiram de efetuar ações conjuntas com a Polícia Militar porque, na
maioria das ocorrências, o poluidor era sempre um amigo dos policiais ou até
mesmo um policial à paisana, e por isso eles não registravam a ocorrência nem
apreendiam o equipamento, conforme exige a lei.
Disse mais, e reafirmo agora,
que onde há um carro de som parado com volume alto, há também marginais em
volta. Se a PM resolver abordar pra valer, vai prender um monte de gente. Vai
prender veículos também, porque a grande maioria deixa de gastar na manutenção
e licenciamento do veículo para gastar com equipamento de som e sair por aí
atazanando a vida de quem precisa de silencio e paz para descansar da árdua
semana de trabalho.
E os veículos não são, ou pelo
menos não eram até pouco tempo, os principais poluidores. Eram as igrejas (acho
que acreditam que Deus é surdo), seguidas dos bares. Os veículos vinham em
terceiro, conforme pesquisas divulgadas.
O resultado da operação “Feira
Quer Silêncio” já mostra alguns efeitos
positivos, é verdade, mas ainda falta muito para fazer essa gente entender que
não se pode sair por aí a desrespeitar os direitos dos outros impunemente. Como disse o secretário Tourinho: “Feira não
suporta mais essa onda de contravenção que tem como pano de fundo a poluição
sonora”.
Mas, para combatê-la,
nós, cidadãos, temos que fazer a nossa parte, obedecendo a lei e denunciando os
infratores. Disque 156
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