
Muitos vão
achar que esse é um ponto de vista bastante radical, mas é muito difícil ver
alguém contatando com pessoas do mundo espiritual como se fossem dois encarnados.
O encarnado
está sempre tentando obter favores e, às vezes, a depender da linhagem desses
seres, até oferecendo suborno mesmo em se tratando de atitudes do bem.
Quando dois
amigos ou até mesmo pessoas conhecidas se encontram elas se confraternizam e
conversam alegremente. Um encontro desse pode até desencadear um processo de
ajuda em ambas às partes.
Porque não poderia
ser assim o relacionamento entre encarnados e habitantes do mundo espiritual?
Assim como um encarnado precisa de ajuda, muito mais desencarnados estão nessa
mesma situação. Os encarnados se preocupam mais com as doenças do corpo já os
desencarnados com as doenças psíquicas.
Num encontro
desses ninguém sabe quem está revivendo a fábula do burrinho que se mata
carregar água da fonte para ganhar uma boa ração ou do dono do burrinho que é
alimentado simplesmente para que continue a carregando água da fonte.
Não quero dizer
com isso com o mundo espiritual se resume apenas a espíritos de desencarnados. Quem
acha assim é porque tem muito chão para andar e pouco saiu do lugar.
Em minha adolescência,
em visita a um parente, excelente médium que contatava com extrema facilidade
com espíritos de luz das mais distintas linhagens, algo de muito positivo ficou
registrado em minha mente.
Após algumas
pessoas completarem sua secção de benefícios pessoais se iniciava a minha conversa
com esses seres. O “bate-papo” girava em torno de como estavam seus amigos, os
quais eu já identificava alguns, como eram suas cidades e aldeias, como eram suas
brincadeiras.
Lembro-me de um
garotinho, não vou citar o nome, que sempre me falava das brincadeiras entre
si, numa estradinha de terra que terminava dentro da aldeia. O curioso é que
essas brincadeiras eram com um carrinho de plástico que eu havia lhe dado há
alguns dias e eles compartilhavam esse carrinho, uns com os outros, durante
esses momentos.
Quando eu doei
esse carrinho, em mãos desse garotinho incorporado nesse meu parente, eu nem
imaginava que seria possível ele ser levado para essa aldeia. Só depois, lendo
alguns livros espíritas é que fiquei sabendo de um processo muito conhecido no
meio espírita. Era o “Plasmar de objetos”.
Outra coisa que
eu me lembro era dele me contando de alguns “carões” que um tal avô ou pai, não
sei ao certo, lhe dava por alguma peraltice que não era legal.
Não é admissível
que uma relação dessa seja censurada, principalmente por grupos espíritas,
bandeirantes do preconceito, usando esta frase mortal: não é bem assim. Isso vai
de encontro aos ensinamentos de Kardec.
Conrado Dantas
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