Ver, ouvir é uma questão de
treinamento. Ninguém é capaz de entender os traços, cores e a textura do pincel
de um Rembrandt, Van Gogh, Pablo Picasso, um Juraci Dórea e nem um Gil
Mário se não foi treinado para isso. Para muita gente a fotografia de um
celular carrega mais beleza do que as pinceladas desses artistas. Essa é a
maneira que muitos aprenderam a ver o mundo das artes.
Não
vamos estranhar tal fato só por estarmos no terceiro milênio. Se mudarmos o
nosso foco veremos físicos que também têm dificuldade de entender o espiritismo
justamente porque seus olhos foram treinados para ver apenas os “eventos
locais” e, jamais, os “não locais”. Não vamos censurar um astrônomo por
combater veemente a astrologia. Ninguém é obrigado a entender o que nunca
estudou.
Esse
pequeno comentário não tem por objetivo discriminar ninguém. No próprio
espiritismo, no esoterismo, na medicina e em todos as áreas também temos
exemplos assim. O próprio Albert Einstein nunca aceitou as teorias da “Física
Quântica”.
Como Einstein
poderia aceitar que a comunicação entre dois elétrons em paridade, distantes um
do outro a dezenas de “anosluz”, pudessem se relacionar numa velocidade
superior a da própria luz, ou seja, imediatamente?
Hoje o entrelaçamento de elétrons é
uma realidade e seus benefícios já estão incorporados na computação e
criptografia quântica e a família de computadores quânticos já está em fase de
testes.
Agora,
partindo para lavar a própria roupa suja em casa. No espiritismo também temos
membros aprendendo a ver e a ouvir. Muitos companheiros acham que, no lado
espiritual, só é do bem aqueles espíritos que viveram como humanos e de boa
linhagem.
Imagine, num
centro espírita, um médium canalizando a mensagem de um ser originário de outro
sistema de mundo. Seria complicado.
Na “Revista Espírita” de 1858, está
documentada uma canalização mediúnica de um extraterrestre. Essa canalização
foi registrada pelo próprio Alan Kardec e esse extraterrestre trouxe detalhes
significativos sobre a vida no Planeta Jupter. Contrastando com essa
informação, se algum médium em algum Centro Espírita, canalizar, algum
elemental ou habitante das tradições afro, terá que identificá-lo com um nome
alemão, árabe ou algum título em língua portuguesa, que o caracterize como
espírito de luz.
A
mecânica quântica hoje começa a se fundir com o espiritismo para ajudar muitas
pessoas a exercitarem essa arte do ver e do ouvir.
Não vamos
pensar que a passagem desse mundo material para o espiritual é igual para todos
que desencarnam. Não que exista controvérsias, mas que há inúmeros planos
astrais no mundo espiritual. Muita gente morre e nem sabe que morreu, muita
gente morre e nem consegue achar o caminho para alguma cidade espiritual. Tem
gente que morre e apenas dá continuidade à sua vida carnal. Isso sem falar das
que, simplesmente, habitam o seu próprio Registro Akashico fugindo de seus
pesadelos e formas bizarras.
Essa é a
vida que cada um, um dia, vai ter que pagar pra ver.
Conrado Dantas
Nenhum comentário:
Postar um comentário