quarta-feira, 15 de maio de 2013

Aprendendo a ver e a ouvir



            Ver, ouvir é uma questão de treinamento. Ninguém é capaz de entender os traços, cores e a textura do pincel de um Rembrandt, Van Gogh, Pablo Picasso, um Juraci Dórea e nem um Gil Mário se não foi treinado para isso. Para muita gente a fotografia de um celular carrega mais beleza do que as pinceladas desses artistas. Essa é a maneira que muitos aprenderam a ver o mundo das artes.
            Não vamos estranhar tal fato só por estarmos no terceiro milênio. Se mudarmos o nosso foco veremos físicos que também têm dificuldade de entender o espiritismo justamente porque seus olhos foram treinados para ver apenas os “eventos locais” e, jamais, os “não locais”. Não vamos censurar um astrônomo por combater veemente a astrologia. Ninguém é obrigado a entender o que nunca estudou.
            Esse pequeno comentário não tem por objetivo discriminar ninguém. No próprio espiritismo, no esoterismo, na medicina e em todos as áreas também temos exemplos assim. O próprio Albert Einstein nunca aceitou as teorias da “Física Quântica”.
Como Einstein poderia aceitar que a comunicação entre dois elétrons em paridade, distantes um do outro a dezenas de “anosluz”, pudessem se relacionar numa velocidade superior a da própria luz, ou seja, imediatamente?
            Hoje o entrelaçamento de elétrons é uma realidade e seus benefícios já estão incorporados na computação e criptografia quântica e a família de computadores quânticos já está em fase de testes.
            Agora, partindo para lavar a própria roupa suja em casa. No espiritismo também temos membros aprendendo a ver e a ouvir. Muitos companheiros acham que, no lado espiritual, só é do bem aqueles espíritos que viveram como humanos e de boa linhagem.
 Imagine, num centro espírita, um médium canalizando a mensagem de um ser originário de outro sistema de mundo. Seria complicado.
            Na “Revista Espírita” de 1858, está documentada uma canalização mediúnica de um extraterrestre. Essa canalização foi registrada pelo próprio Alan Kardec e esse extraterrestre trouxe detalhes significativos sobre a vida no Planeta Jupter. Contrastando com essa informação, se algum médium em algum Centro Espírita, canalizar, algum elemental ou habitante das tradições afro, terá que identificá-lo com um nome alemão, árabe ou algum título em língua portuguesa, que o caracterize como espírito de luz.
            A mecânica quântica hoje começa a se fundir com o espiritismo para ajudar muitas pessoas a exercitarem essa arte do ver e do ouvir.
           Não vamos pensar que a passagem desse mundo material para o espiritual é igual para todos que desencarnam. Não que exista controvérsias, mas que há inúmeros planos astrais no mundo espiritual. Muita gente morre e nem sabe que morreu, muita gente morre e nem consegue achar o caminho para alguma cidade espiritual. Tem gente que morre e apenas dá continuidade à sua vida carnal. Isso sem falar das que, simplesmente, habitam o seu próprio Registro Akashico fugindo de seus pesadelos e formas bizarras.
            Essa é a vida que cada um, um dia, vai ter que pagar pra ver.
Conrado Dantas

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