“Tenho compromisso com a boa música, não importa se ela
tenha sido feita reggae ou não. Como eu interpreto e como eu componho é o que
me satisfaz”. A definição sintetiza a postura que vem sendo mantida em
toda a trajetória do cantor e compositor Dionorina. Ao completar 40 anos de
carreira, o artista mostra o resultado de seu trabalho na Virada Cultural de
São Paulo 2013, que acontece nos próximos dias 19 e 20, na Alameda Barão de
Limeira – Centro.
Acompanhado
pela Banda Cativeiro, Dionorina vai cantar músicas do novo CD e releituras de
sucessos registrados em quatro discos gravados: “Músicas das Ruas” (1994),
“Sacasó” (1998), “Trilogia do Reggae” (2009) e “Dionorina Nu” (2011). De volta
de São Paulo, se apresenta no Pelourinho, em Salvador, terça-feira (21), dentro
da programação alusiva ao Dia da África promovida pelo Centro de Culturas e
Pesquisas Identitárias, (CCPI), da Secretaria de Cultura do Estado.
Expoente
do reggae com um vasto currículo nacional e internacional, sempre identificado
pelo ritmo e filosofia presentes nas letras, canções e principalmente nas suas
atitudes como cidadão, o artista, lança mão de sua formação erudita adquirida
no Seminário de Música da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) para
fazer novas experiências aproveitando os ritmos de matrizes africanas.
Ganhador do Troféu Caymmi, em 1993, que o colocou no
mercado nacional do disco, Dionorina lembra da influência de sua família
formada pelo avô Cirilo José, regente e compositor, o tio Carlos Santiago,
cantor, Tio Antonio, músico da banda sinfônica dos Fuzileiros Navais, e
dona Honorina, matriarca da família que lhe inspirou o nome artístico: Tonho de
Dionorina.
“Fazer
40 anos de carreira é olhar a trajetória longa como um rio, em cada curva, uma
emoção, em cada queda d’água, uma nova calmaria, uma nova trajetória de música
só música. Sou música”, define.
“Manter-se
com dignidade, competência e conteúdo por quatro décadas em um segmento como o
da música, tão cheio de adversidades e desafios, merece reconhecimento e louvor.
E esse é um traço marcante da vitoriosa trajetória do nosso ‘feirense de
coração e por adoção mútua’, Dionorina”, destaca o historiador e jornalista
Elsimar Pondé
Em seu
entendimento, “com uma carreira respeitada e consolidada no cenário brasileiro,
com espaços conquistados às custas de muita dedicação, profissionalismo e
talento, ele continua angariando admiração por manter-se fiel aos seus
conceitos e origens e por fazer uma música que não passa despercebida pelos
ouvidos mais críticos e apurados”, confere.
Dionorina
marca seu retorno a São Paulo, onde já residiu por mais de cinco anos,
acompanhado pela Banda Cativeiro, formada por Nascimento (guitarra), Osvaldo
Filho (baixo), Ricardo Correia (bateria e vocal) Nelma Marques (vocal),
Riquinho (teclados), Haroldo (trombone) e Guinha (saxofone). A produção é da
Digê Produção de Eventos e Assessoria, tendo como produtores Cristina Mamblona,
Nenel Santos e Geraldo Lima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário