O mesmo pode-se dizer do leite. Não
existe embalagem capaz de fazer com que o leite chegue ao consumidor
conservando o sabor, textura, valor nutricional e sanidade senão o peito da
vaca. E ainda assim há que se tomar muitos cuidados porque, além de altamente
perecível (deteriora em curto espaço de tempo), o leite, que é um excelente
complemento alimentar, principalmente para crianças, pode ser agente
transmissor de diversas patologias, algumas delas graves.
Antes de consumir o leite retirado de
uma vaca é preciso saber se o animal é sadio e se foi vacinado. E neste último
caso, saber qual vacina tomou e quanto tempo faz, porque há casos em que não se
pode ingerir o leite da vaca durante determinado período após a mesma ter sido
vacinada. Há ainda as doenças das tetas que precisam estar sadias e a questão
da alimentação do animal, que deve ser a mais natural possível (capim), porque
rações podem conter hormônios prejudiciais à saúde do ser humano.
Descobre agora o governo brasileiro que
o leite que chega às prateleiras dos supermercados está contaminado por formol.
Pois eu afirmo que tem formol e “trocentas” outras substâncias prejudiciais à
saúde das pessoas, porque leite só pode ser acondicionado em embalagens
artificiais mediante passar por processos químicos para que não se deteriore. É
aí que mora o perigo. E do curral até chegar ao processo de industrialização
ele ainda pode passar por adulterações que as pessoas sequer imaginam.
Por exemplo: É do conhecimento de todos
a prática de se colocar água no leite para aumentar o volume e se obter mais
lucros. Essa água quase nunca é tratada. Mas o pior é que, para que o comprador
não detecte que o leite contem água, é comum se adicionar urina de vaca ao
leite. Explico: Quando os latões de leite chegam às plataformas das usinas
“beneficiadoras”, o leite é testado através de um aparelho que mede a sua
densidade (densímetro). Se o leite contiver água, o aparelho acusa baixa
densidade. Porém, quando se adiciona urina, a densidade aumenta, “enganando”
assim o aparelho.
Quando a fazenda é muito distante da
usina, e não possui resfriadores para conter a deterioração do leite até chegar
à plataforma, a prática mais comum é comprar gelo pelo caminho e colocar dentro
do leite, para que se mantenha frio e não se deteriore até chegar à usina. Um
outro modo de conter a deterioração é se adicionar água oxigenada. A pior forma,
porém, é lavar os latões com uma solução de formol.
Essas são só algumas formas de se
“batizar” o leite. Há muitas outras, piores, que qualquer dia desse eu conto.
Por enquanto, vá bebendo o seu leitinho ao pé da vaca. Mas só daquelas que você
conhece, que você está sempre batendo um papinho com elas, perguntando como vai
a saúde, como estão os filhos e mandando lembranças aos pais delas. Nunca
aceite leite de estranhas.
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