Neste sábado (25) comemora-se o Dia Nacional da Indústria. Em Feira de Santana, a era industrial começou efetivamente em 1969 com a criação do Centro Industrial do Subaé (CIS). Naquela época o Nordeste ainda era visto pelos sulistas como uma terra árida, inóspita, cheia de cangaceiros e gente preguiçosa. E ainda há quem pense assim, e com uma certa dose de razão. O Nordeste estaria muito mais avançado que os estados do Sul e Sudeste, não fosse essa visão distorcida sobre seu povo, propagada por políticos do próprio Nordeste, para os quais manter o povo na ignorância e na miséria era estratégia certeira na obtenção de votos em troca de pequenos favores, criando-se assim os famosos “currais eleitorais”.
Mesmo com toda a adversidade, o povo
nordestino deu provas do seu valor e da sua força de trabalho, de forma que
hoje os olhos dos investidores nacionais e internacionais estão voltados para
esta região do Brasil, cheia de recursos naturais e povoada por pessoas
acostumadas a pegar no pesado e a sobreviver às adversidades climáticas com
garra e criatividade.
Feira de Santana, por sua posição
geográfica estratégica, cantada em verso e prosa, é vocacionada para ser o
maior centro distribuidor de produtos do País. E já estaria cumprindo o seu
destino não fosse a má vontade que o governador Jaques Wagner tem para com esta
terra que ele trata com descaso e migalhas. O Pólo de Logística, o aeroporto, a
ferrovia, e a efetiva implantação da Região Metropolitana, são obras e ações
que, se levadas a cabo, fará com que a cidade cumpra o seu destino. Mas, se
arrastam há anos entre promessas e explicações vazias sem que nada de real
aconteça.
Mas vai acontecer, queira o
governador ou não. Porque ele passa e a cidade permanece. E seu povo só se
lembrará daqueles que contribuíram, de verdade, para o seu crescimento. Eu
costumo dizer que Feira de Santana avança com ou sem governo. Segue
desajeitada, mal arrumada, dando cabeçadas, mas avança e cresce, como a vida
que encontra o jeito de nascer e subexistir nos locais mais improváveis e
inóspitos, contra todas as probabilidades.
A indústria de Feira de Santana tem
os seus baluartes. Gente que aqui nasceu ou que veio de fora e aqui permaneceu.
Trabalhadores e empreendedores que viram o CIS nascer, crescer, e que, quando
passou por seus momentos mais difíceis, não desistiu e lutou pela sua
consolidação para transformá-lo no terceiro maior polo industrial da Bahia e um
dos maiores do Nordeste.
Faço aqui a minha homenagem a todos
estes baluartes, na pessoa do senador João Durval Carneiro, a quem ouvi
chamarem de maluco, quando ainda prefeito desta cidade, com sua visão
futurista, com muita coragem, criou o CIS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário