
Por trás de uma trama cinematográfica,
repleta de citações e subversões, conheceremos um futuro em que empresas
chinesas compram cidades e terroristas traficam drogas sintéticas que abrem as
portas do inconsciente coletivo. A luta para retomar o Pelourinho da Shanzhai
Entertainment Group, transforma o centro histórico de Salvador num parque
temático, um enorme xing ling onde santos barrocos são substituídos por
réplicas de plástico e baianas fortemente armadas fazem a segurança do local.
No começo, parecia um grande negócio, mas o Complexo Turístico Terra da
Felicidade está prestes a ser invadido pelos rebeldes Caramurus, cansados de
ver a cidade dominada por uma gente que não sabe a diferença entre um arroz de
hauçá e um arroz chop suey.
Segundo o autor, o livro é,
conceitualmente, um grande Xing ling – que é como são chamados os aparelhos
eletrônicos e produtos made in China. “A trama é uma grande alegoria, uma
ficção científica farsesca e anárquica, mas amparada em pesquisa histórica e
cheia de citações e subversões de obras de outros artistas inseridas na trama”.
“É uma espécie de cruzamento do
‘Admirável mundo novo’ com ‘Capitães da areia’, mas com uma forte carga
política por trás de tudo". Continua Victor que acrescenta: "O livro é uma reflexão
do momento que vive o mundo, a economia, a política e o comportamento humano
nessa nova desordem mundial. Para falar de tudo isso, usei Salvador como
exemplo, já que é uma típica metrópole em vias de um colapso iminente e a beira
de um ataque de nervos, como tantas outras mundo afora”.
O livro tem 80 páginas, no formato 12,5
x 19cm, projeto gráfico da Solisluna Design e criação da capa de Enéas Guerra.
O AUTOR
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