Da próxima vez que você encontrar uma
libélula pelas ruas, sorria: você pode estar sendo filmado. Uma empresa
americana está usando os insetos para criar drones com componentes biológicos.
No português claro? Estão construindo libélulas ciborgues.
A companhia responsável pela ideia é a Draper, uma empresa focada em invenções que envolvam, de
alguma forma, a biologia. De acordo com Jesse J. Wheeler, pesquisador chefe do
projeto, o objetivo da criação é conseguir chegar onde as máquinas que
temos hoje não conseguem. “É um tipo totalmente novo de microveículos voadores.
É menor, mais leve e mais discreto do que qualquer outra coisa já feita pelo
homem”, ele afirma.
Para funcionar, a invenção utiliza os
animais ainda vivos. Chips são acoplados nas costas das libélulas, com uma
ligação direta ao sistema nervoso. Remotamente, os controladores disparam
impulsos que funcionam como uma espécie de neurônio, que manda mensagens
especialmente sobre a asas do inseto, controlando-o independente da
sua vontade.
Claro que não faltam utilidades para a
invenção; até mesmo algumas menos óbvias do que a espionagem. Os pesquisadores
envolvidos no processo afirmam que a tecnologia poderia suprir o papel de um
bicho que está desaparecendo: as abelhas – que foram colocadas na lista dos animais em extinção, no ano
passado. O sumiço delas pode trazer prejuízos notáveis para a economia
mundial. De acordo com a Casa Branca, só nos EUA, 15 bilhões de dólares são
consequência direta da polinização. Controlando os ciborgues, poderíamos improvisar:
centenas de libélulas trabalhando como abelhas.
Aparentemente, nenhum pesquisador viu a
última temporada de Black Mirror. (SuperInteressante)
Nenhum comentário:
Postar um comentário