Nas redes
sociais, é possível expressar o seu ódio, dar a ele uma dimensão pública,
receber aplausos de seus amigos e seguidores e se sentir, de alguma forma,
validado.
Além disso, a
linha entre uma ameaça virtual e uma ação criminosa é tênue, como ocorreu no
caso da chacina ocorrida em Campinas (SP) no começo do ano, quando um homem
matou a ex-mulher, o filho e outras dez pessoas durante uma festa de Ano Novo.
Essa é
avaliação que o psicanalista Contardo Calligaris, doutor em psicologia clínica
e autor de diversos livros, faz sobre a disseminação dos discursos de ódio nas
redes sociais, que para ele deveria ser "perseguida".
"Deveríamos ter limites claros ao que é o campo da liberdade de expressão,
que é intocável, e o momento em que aquilo se torna uma ameaça."
Em entrevista
à BBC Brasil, ele ressalta que as redes também trazem efeitos muitos positivos,
refuta discursos de que o mundo está mais violento e fala de sua esperança de
que os brasileiros se tornem "cidadãos melhores".
Confira os
principais trechos:
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