Juca Chaves
parece se referir ao próprio cérebro como sendo a “caixinha”, isso porque a sua
capacidade intelectual permitiu que ele fizesse uma análise mais clara da
conjuntura política e social da época. E continua: “A situação do Brasil vai muito mal / Qualquer ladrão
é patente nacional;/ Um policial, quase sempre, é uma ilusão/ E a condução é
artigo racionado. / Porém, ladrão... isso tem pra todo o Lado!/ Caixinha,
obrigado!”
Pensando bem, a
situação descrita por Juca não difere da nossa atual conjuntura. Vejamos então a
terceira estrofe: “O rock'n'roll, nesta terra é uma doença, / e o futebol, é o
ganha pão da imprensa/ vença ou não vença, o Brasil é o maioral; e até da bola,
nós já temos general/ que hoje é nome de estádio municipal/ Caixinha, nacional!”
Nessa estrofe ele alude ao esporte nacional, o futebol, e sita o estádio do
Botafogo que foi chamado general Severiano. Realmente o futebol se transformou
numa paixão nacional e foi levado ao extremo, porque, vencendo ou não vencendo,
o povo sempre achava que o Brasil era o maioral. O tempo se encarregou de
mostrar que não é bem assim.
“Dramalhão, reunião de deputado/ é palavrão que só sai pra todo lado/ Se
um deputado abre a boca, é um atentado/ E a mãe de alguém é quem sofre toda vez/
No fim do mês... cento e vinte de ordenado. / Caixinha, obrigado!”. Alguém
duvida do baixo nível cultural dos atuais políticos brasileiros? O atual
presidente se orgulha de ter estudado apenas o ensino fundamental. É mole, ou querem mais?
Com graça e jeito Juca Chaves consegue mostrar um Brasil que todos sabem
que existe, mas, poucos querem ver. E ainda há quem afirme que este é o país do
futuro. Eu, em?
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