segunda-feira, 27 de maio de 2024

Crônica de segunda - Fontes de renda

       

Dizem que a crise é a mãe da criatividade. E é uma grande verdade. Sempre foi nos momentos de crise que a humanidade aprendeu a sair do comodismo e criar modos de sobrevivência até então se quer imaginado. Por muito tempo a grande maioria da população dos municípios brasileiros tinha no poder público a única fonte de renda. Mas, as sucessivas crises financeiras foram ensinando os acomodados a se incomodarem e procurar meios para sua própria sobrevivência que não os empregos públicos.

         Morando em Riachão do Jacuípe há pouco mais de dois anos, me deparei com uma crise empregatícia, pois, como em todo pequeno município, os Governos ainda são os maiores empregadores. Esse quadro já poderia ter sido superado não fosse a mesquinhes dos políticos, que travam uma luta surda nos bastidores para que não surjam novos empregos.

         Fiquei sabendo que, por quatro vezes, fábricas que estavam para se instalar na cidade e tiveram projetos abortados por conta de intrigas políticas.  Esse quadro agora tem uma tendência a se modificar, pois a população está descobrindo que pode gerar renda para si e para os outros com suas próprias iniciativas. Eventos recentes como O Festival do Forró e o Ciclo Turismo que aconteceu recentemente e atraiu mais de duas mil pessoas, são exemplos dessas inciativas. Fico sabendo que há mais coisas acontecendo tais como eventos esportivos amadores, que vão desde o futebol até a cavalgada. Ainda não é o suficiente para garantir a maioria dos empregos no município. O serviço público e o comércio formal ainda são os maiores empregadores.

         Contudo, a cada ano a população descobre novas formas de oferecer serviços e diversão como forma de gerar emprego e renda. Deus abençoe as cabeças iluminadas dos empreendedores jacuipenses e dê coragem ao seu povo para enfrentar novos desafios, desde o vendedor de churrasquinho, o catador de latinhas, vendedores ambulantes, até os promotores de eventos de pequeno, médio e grande porte, fugindo assim do cabresto eleitoral.

          Sem desprezar nem amaldiçoar o serviço público que dá emprego e sustenta tanta gente, eu torço pela inciativa privada, seja ele um simples catador de latinhas, até um grande comerciante ou industrial. O importante é livrar o cidadão do cabresto eleitoral e dos maus empresários. O mercado é livre e aberto. Qualquer um com uma ideia na cabeça e vontade de trabalhar pode criar o seu próprio meio de vida, seja ele de pequeno, médio ou grande porte. O que não se pode premiar é a preguiça, que sempre foi muito motivada pelo serviço público. Ou seja: os cabides de emprego.

         Mãos a obra, jacuipenses! A liberdade econômica está logo ali chamando por você. Ai vem o São João!

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