Sempre Livre

 

“Geração Ageless”

 

Queiramos ou não, gostemos ou não, na provecta idade, volta e meia, somos alvo de preconceitos, uma espécie de bullying, ao qual denomina-se etarismo.

Contra isso, avolumam-se idosos que lutam contra tal estereótipo ao preservarem um espírito jovem, a chamada geração “ageless”. Empenho-me em ser parte da dita: gente, simplesmente, “sem idade”, gente idosa que não se identifica nem se sente confortável, ante estereótipos enraizados na sociedade para pertencentes à faixa etária avançada.

     O segredo do indivíduo “ageless” é manter-se ativo e sociável. Para tanto, no campo da sociabilidade, embrenhei-me em um coletivo literário no qual, a pessoa de idade mais próxima à minha, poderia ser minha filha e a mais jovem de todas, minha neta. Em tal meio, trabalho não falta, sendo contínua a produção de textos acerca dos mais variados temas.

Lógico está que a sabedoria para ser “ageless”, também reside em se reconhecer incapaz de cair no embalo da dança contemporânea; não desfilar, horas a fio, no bloco Filhos de Gandhi ou mesmo, apaixonado seja pela egiptologia - Tutancâmon o perdoe – querer, fantasiado, seguir o bloco afro Olodum, ‘balançando o Pelô”, cantando “Eu falei faraó”, pelas ruas da velha Bahia.

                      

      Hugo Adão de Bittencourt Carvalho (1941) economista, cronista, é autor do livro virtual

      Bahia – Terra de Todos os Charutos, das crônicas Fumaças Magicas e Palavras ao Vento,

participa do Colares – Coletivo Literário Arte de Escrever. Vive em São Gonçalo dos Campos - Ba
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