“MEU QUERIDO Rio Grande do Sul. Coração amado, bate forte por ti. Às vidas que se foram, meu lamento. Estejam em paz nas moradas eternas. Às pessoas perdidas, esperança de encontrarmo-nos, não sei aonde. Às pessoas feridas e machucadas, nossa cura humana, psicológica e espiritual. Às pessoas fora de suas casas, coragem, apoio e fé. Às pessoas solidárias, participação, unidade, ajuda e força. Muito obrigado!
ÀS PESSOAS orantes, consolo.
Peregrinos da esperança, apesar de todo desespero. Às pessoas que nos governam,
hora da unidade. A tragédia não tem partido, não tem religião. Não tem cor. Não
tem opção sexual. A tragédia não tem polarização, a não ser sozinha contra tudo
e todos. A hora da solidariedade está à porta de nosso coração. Somos todos
irmãos e irmãs na amizade.
A TRAGÉDIA nos pede conversão ecológica. Conversão sinodal. A tragédia nos leva a rezar e pensar a finitude das rebeldias humanas. A tragédia nos faz irmãos. Se nada aprendemos com a tragédia, nos tornaremos insossos no conjunto da obra. A tragédia é apelo humano, ético e cristão para todos.” (Dom Neri José Tondello – Bispo de Juina MT).
O FREI JAIME Bettega, frade capuchinho, escreveu: “Quando a tempestade cessa nos damos conta de que já não somos mais os mesmos, fomos transformados. Se os bons momentos nos enchem de alegria, as tempestades nos ensinam muito. Acontece que a dor nos molda quando compreendemos que ela tem a capacidade de nos amadurecer. É claro que tais transformações não acontecem de um dia para o outro. Apesar de tudo, não nos falta motivos para agradecer e para continuar em frente.
NAS PROVAÇÕES, a sensação é de
que uma força chega para aliviar a tristeza e mostrar a importância de ser
forte e persistente. A vida precisa continuar. Estamos vivos e podemos
recomeçar. A solidariedade nos torna irmãos e nos ergue para seguirmos em
frente. O sol vai brilhar novamente! Temos muitos motivos para agradecer e para
recomeçar. Já não somos as mesmas pessoas. As provações nos fortalecem!”.
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