terça-feira, 9 de julho de 2024

Criança aprendeu a ler em inglês, russo e francês com 2 anos. Conheça a sua história

Gabriela Mota, Deraldo Manuel e o filho do Casal, Daniel | Foto: Paulo José / Acorda Cidade

 Nos primeiros anos de vida de uma criança os pais geralmente entram na fase do encantamento. Cada pequeno avanço, como no momento em que a criança fala a primeira palavra completa, é motivo de muito orgulho e felicidade. Mas além destes sentimentos, Gabriela Mota e Deraldo Manoel, pais do pequeno Daniel, de apenas 2 anos, ficaram surpresos quando perceberam que o filho aprendeu a ler sozinho. No mês de junho deste ano.

Em entrevista ao Acorda Cidade, Gabriela contou que o filho desde muito cedo mostrou interesse pela leitura. “Desde novinho que a gente percebeu que ele tem muito interesse por letras, números, mas a gente achava que era algo específico dele e nós sempre deixamos ele muito à vontade para poder explorar. Só que quando ele completou mais ou menos 2 anos, foi que a gente começou a perceber que esse interesse era um pouco mais avançado do que outras crianças”, disse Gabriela.

A mãe de Daniel detalhou como foi o momento em que descobriu que o filho sabia ler. “Com dois anos, a gente percebia que ele já sabia o alfabeto, já sabia identificar. Porém, quando ele entrou na escola, foi que a gente percebeu que ele estava lendo, coisa que até então a gente não sabia, e foi uma surpresa. Um dia de manhã, a gente estava arrumando ele para ir para a escola e quando ele olhou para a TV, tinha um enunciado de uma reportagem que estava na TV, e ele leu. E isso fez com que a gente ficasse surpreso.”, declarou Gabriela.

De acordo com os pais, o jovem Daniel tem uma grande facilidade em aprender coisas de forma autônoma. Eles afirmaram que estes processos de aprendizagem ocorrem de forma espontânea e geralmente partem do próprio Daniel.

“A gente não chega e ensina, a gente só descobre que ele já sabe. O interesse por inglês, a gente já sabia que ele tinha, mas a gente não sabia que ele tinha interesse por outras línguas. Do nada a gente percebeu que ele estava falando inglês, algumas palavrinhas, e depois ele começou a identificar frases, números e tudo mais”, declarou a mãe afirmando que agora o jovem Daniel está se interessando pelos idiomas russo e francês.

Preocupações

Apesar de toda a satisfação e o orgulho que estas habilidades podem trazer, os pais de Daniel contaram que elas representavam preocupação em um primeiro momento. Gabriela Mota afirmou que assim que percebeu que o filho tinha facilidade para aprender, ela procurou ajuda médica.

“Antes de dois anos a gente levou ele em um pediatra aqui da nossa cidade, porque ele não falava, falava pouquíssimo, para poder fazer uma avaliação, se ele tinha autismo ou não, porque era algo que a gente desconfiava. Mas aí, depois de um tempo, ele apresentou a fala e aí algumas coisas foram descartadas. Agora a gente está se organizando para levar ele em uma neuropsicóloga para poder fazer uma avaliação mais aprofundada, fazer uma avaliação neuropsicológica para traçar qual o nível de Q.I. que ele tem”, disse a mãe. 

O casal revelou que até o momento da reportagem o filho só estava sendo acompanhado por uma pediatra e que agora o grande objetivo deles é que Daniel seja acompanhado por um profissional da área neuro infantil. Apesar das habilidades impressionantes, os pais contaram que na escola o comportamento de Daniel é muito similar ao dos outros coleguinhas.

“Na escola, em relação aos coleguinhas de turma, a nível de desempenho cognitivo, ele é um pouco mais avançado devido ao que ele já sabe. Tem algumas disciplinas que ele gosta mais que outras. Como ele ainda tem 2 anos, não tem nada muito específico, tudo que envolve esse mundo de letras, de números, ele presta mais atenção”, detalhou Gabriela.

Futuro

O casal informou que estão gravando vídeos do filho e postando em um perfil no Instagram, o objetivo é compartilhar as habilidades de leitura e aprendizagem que Daniel possui para conseguir apoio. Deraldo Manoel, pai de Daniel, contou quais sais os planos para o futuro.

“Se a gente conseguir, a gente vai dar o melhor que a gente puder. E foi até o intuito desse Instagram que a gente criou, porque como a gente sabe que ele tem essa facilidade de aprendizagem, a gente quer que ele tenha um ensino específico para ele. Não sei como a gente vai conseguir isso, porque a gente precisa buscar alguma rede de apoio, alguma forma da gente conseguir isso mais fácil para que ele desenvolva mais ainda essas habilidades”, finalizou o pai.

Informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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