Dizem que nós baianos não gostamos de trabalhar. Uma forma amena de nos chamarem de preguiçosos. Mas, nós mesmos, os baianos, damos motivos para que o resto do Brasil pense assim de nós. Somos festeiros sim. Fazemos festa por qualquer motivo. Porém, isso não quer dizer que não gostamos de trabalhar. Afinal trabalhamos tanto quanto qualquer outro cidadão comum no Brasil.
Tem uma música do carioca Zé Rodrix (irmão de sangue dos baianos) onde ele diz: “Não acordo muito cedo, mas, não fico preocupado, Deus ajuda quem madruga, mas, dormir não é pecado; Chego sempre atrasado, mas, eu não corro perigo. Quem devia dar exemplo, chega atrasado comigo.” Essa é uma clara demonstração da natureza do baiano. Contudo, é justificável. Afinal, quem gosta de acordar cedo? E quem é que gosta de andar sob o sol da Bahia? Pegar um ônibus talvez seja pior do que andar até o trabalho. Os ônibus estão sempre superlotados e no seu interior faz mais calor do que nas ruas. Então, meu povo, melhor ir a pé, pois pelo menos nos distraímos com as paisagens, que na Bahia são sempre belas e refrescantes, principalmente se você vai pela orla.
Mas, vamos aos feriados. Nós temos oito
feriados nacionais, um feriado cívico estadual, o 2 de julho, vários pontos
facultativos e um punhado de feriados municipais. É justamente no 2 de julho (Independência
da Bahia) que o bicho pega. A comemoração da independência do Brasil se dá em 7
de setembro. Porém, os baianos inventaram de inventar o 2 de julho sob a alegação
que foi nesta data que os portugueses foram definitivamente expulsos do Brasil.
Ora bolas! Então porque não se comemora a Independência do Brasil no 2 de julho
e larga 7 de setembro para lá? E você acha mesmo que o brasileiro ia perder
essa oportunidade de ter dois feriados para comemorar o mesmo evento? Você não
entendeu? Nem eu! Mas, eu sou baiano, então não vejo nada demais em um feriado
a mais.
Eu não sei por que os políticos baianos
implicaram em comemorar a independência do Brasil no dia 2 de julho e dois
meses depois voltar a comemorar a tal independência no 7 de setembro. Mas,
alguém aí está reclamando? Talvez os paulistas. Porém, estes não contam, porque
sempre foram “doidinhos” por trabalho. Nós não! Estamos juntos e misturados com
cariocas e todo o resto do Brasil que também gosta de feriado e festa. Os
estrangeiros torcem o nariz para nós e nos chamam de preguiçosos. Pura inveja.
Quando tiram férias, para onde é que eles vêm?
Para entender melhor a natureza dos baianos e de seus políticos eu recomendo a leitura do livro 7 Dias em setembro, do escritor (tinha que ser baiano) Victor Mascarenhas. Ele narra com muito bom humor os poucos dias que antecederam a proclamação da Independência por D. Pedro I, bem ao estilo baiano. Para adquirir o livro basta acessar o site da editora neste link, ou falar diretamente com Victor Mascarenhas, pelo facebook, Instagram ou pelo e-mail [email protected].
Nenhum comentário:
Postar um comentário