Estes animais abandonados, notadamente os cães, lutando para sobreviver, começaram a formar grupos que atacavam os animais domésticos das fazendas. Eram como lobos esfomeados, que atacavam tudo que pudesse lhes servir de alimentação, inclusive crianças. As cidades mais organizadas começaram a controlar a procriação canina. Foram criados canis públicos, para onde estes animais abandonados eram levados e lá recebiam coleiras e vacinação. Os proprietários pagavam licenças para que eles circulassem livremente. Se um cão doméstico fosse apanhado com a licença vencida, era recolhido ao canil e de lá só saia se o dono pagasse além da licença, a vacinação e a taxa de manutenção pelo tempo que permanecesse no canil. E havia um prazo. Se o animal não fosse reclamado dentro desse prazo era vendido ou sacrificado.
Nos países ou cidades mais civilizados
essa é a prática comum. Porém, nos centros menos desenvolvidos a população canina excedente (cães sem dono)
vive solta pelas ruas e campos sem nenhum controle e colocando a população e os
animais domésticos em risco. Estamos continuamente ouvindo notícias de matilhas
de cães domésticos abandonados, atacando criações nas fazendas e sítios. De um
modo geral as pessoas não gostam de matar esses cães, mesmo que eles tenham se
tornado selvagens. Isso é um enorme risco. Um cão esfomeado pode atacar tanto
animais como crianças. Mas, ninguém se sente bem em matá-lo.
Estamos numa encruzilhada e precisamos tomar
decisões e estas não são fáceis, por isso mesmo, as autoridades se esquivam de
debater o assunto. Se alguém propuser a criação de canil público será malvisto,
provavelmente, pela maioria das pessoas, até mesmo por aquelas que poderão ser
as mais prejudicadas com estes animais soltos pelas ruas. Se você propuser isso
a um prefeito ou vereador, irá lhe causar pânico, já que isso não rende votos.
Não são poucas as pessoas que diariamente
são agredidas por animais soltos ou que sofrem acidentes por causa destes. Quase que diariamente há notícias de
incidentes e acidentes causados por estes animais, incluindo cavalos, gado, que,
não raro, acabam em sérios prejuízos ou até mesmo mortes. Eu me lembro quando
meus parentes me deram meu primeiro cão e disseram: Você vai ter que tomar
conta dele. Dar banho, alimento, treinar, vacinar, para que ele possa viver entre
as pessoas da casa. Hoje em dia há muitas facilidades para cuidar-se dos
bichinhos, já existem escolas para educar cães e até hotéis para deixar os animais
domésticos quando as famílias necessitarem de fazer uma viagem, por exemplo, e
não puderem levá-los. Talvez quando algum animal doméstico atacar e matar, além
das criações, pessoas, alguém resolva tomar alguma iniciativa para resolver
este problema.
Por enquanto é salve-se quem puder!
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