ANDRÓIDES
Seja no restaurante, nas ruas ou mesmo em locais de trabalho, é
cada vez maior a multidão de plugados em redes sociais que não tira o
olho dos seus smartphones para nada. Quando vejo essa multidão de
andróides mudos, que só fazem, às vezes, sorrir de forma alvar diante da
tela, lembro do que disse Albert Einstein, muitas décadas atrás: "Eu
temo o dia em que a tecnologia ultrapasse nossa interação humana, e o
mundo terá uma geração de idiotas."
frase: "Grande parte da saúde é para o doente trabalhar para ser são." (Luís Vaz de Camões)
Autoridades minimizaram perigosamente a chikungunya
Mais de 600 casos suspeitos da febre chikungunya foram notificados
em Feira de Santana entre os dias 6 de julho e 27 de setembro. Do total,
33 casos foram confirmados – 14 em laboratório e 19 por critério
clínico. Outros 11 casos já foram descartados e 562 continuam sob
investigação.
Outra notícia veiculada ontem na TV: mais 10 municípios baianos têm
suspeita de casos da doença, inclusive o nosso vizinho Lauro de
Freitas.
Diante desses dados, lembro-me que a Secretaria da Saúde do Estado
declarou que a chikungunya não deveria preocupar a população, porque não
é uma ameaça à sociedade.
Está claro que o órgão da saúde minimizou perigosamente a situação,
que agora tende a se expandir. Talvez por estarmos em véspera de
eleições, reza-se que todas as atitudes oficiais devam transmitir
otimismo. Não deveria ser assim. A atitude esperada não seria,
evidentemente, de criar pânico, mas sim de imediatamente iniciar uma
campanha para prevenção da doença, esclarecer publicamente (inclusive
com informes em toda a mídia) sobre sintomas e consequências do mal.
Minimizar o surto é algo mesmo irresponsável, principalmente entre
uma população que tem a característica de ser desleixada. Basta ver a
enorme quantidade de caixas d'água, piscinas e outros reservatórios
abertos que têm sido flagrados sem tampa e oferecendo, assim, todas as
condições para a proliferação dos mosquitos que transmitem a doença,
inclusive a dengue.
Há números e números....
Sem nenhum complexo de vira lata, como diria Nelson Rodrigues, mas
só para efeito de curiosidade: o metrô de Salvador transportou um milhão
de passageiros entre junho e outubro. Já o metrô de São Paulo
transporta 4,5 milhões por DIA. Mas São Paulo é São Paulo, né?
EUA, terrorismo e outras mortes (I)
Os americanos têm grande medo de morrer em ataques terroristas,
mas, excetuando, claro, o ataque de 11 de setembro de 2001, outras
coisas têm matado muito mais americanos do que o terror. Vejam alguns
dados noticiados pelo rede CNN:
Em 2013, mordidas de cachorro mataram mais nos EUA do que
terrorismo – com 32 fatalidades, de acordo com a ONG DogBites.org,
comparando com as oito mortes por ataque terrorista dentro dos EUA e
dezesseis mortes no exterior.
EUA, terrorismo e outras mortes (II)
E mais: na “estação” de gripe entre 2012 e 2013, o Centro de
Controle de Doenças (CDC, sigla em inglês), registrou 149 mortes
infantis.
Pesquisadores que escreveram no jornal médico The Lancet estimaram
que cerca de 800 mulheres morreram durante o parto, fazendo com que
mortalidade materna seja três vezes maior do que no Reino Unido.
EUA, terrorismo e outras mortes (III)
E vejam isto: de acordo com a Administração de Saúde e Segurança
Ocupacional, “4.405 trabalhadores morreram em acidente laboral, cerca de
85 mortes por semana e mais de 12 todos os dias”.
Armas de fogo: Em 2013, mais pessoas morreram todos os dias por
violência com armas do que por terrorismo – com cerca de 30 pessoas
sendo mortas a tiros todos os dias. A maioria foi suicídio.
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