Qualquer pessoa
sabe, e não precisa ninguém dizer, que, ao deixar esse mundo físico, não levará
os imóveis, carros, jóias e não mais, vai poder movimentar aquela sua conta
bancária.
Tem gente que
extrapola a imaginação achando que até vai ficar livre dos débitos contraídos,
das preocupações, do sofrimento e outras coisas mais.
É difícil alguém
dizer que, não é bem assim. Tem gente, até de boa cultura espiritual, que
comungar com esse ponto de vista.
Qualquer um almeja
viver bem e em abundância. Isso é fundamental, mas não justifica uma corrida
desenfreada em busca do dinheiro apenas para dar volume a sua conta bancária ou
colecionar bens. Esse é um paradigma
obsessivo muito difícil de se comentar, pois quase todos rebatem e justificam
tal procedimento. Em raras exceções, o prestígio de uma pessoa é medido pelas
suas posses e conta bancária, raramente pela sua utilidade aqui no planeta. É justamente
por isso que o “Organograma Diário” da vida das pessoas tem quase todo o dia
ocupado pela atividade “ganhar dinheiro”. A coisa é tão séria que, tem gente
que se parar de correr atrás do dinheiro, morre. Não percebem que estão,
simplesmente, empacotando vento.
Ao completar
sua estadia aqui na terra, o que essa pessoa fará com o dinheiro que guardou no
banco? O que fará com os bens que adquiriu já que não vai poder levá-los para o
outro lado da vida?
Muitos, ao
abandonar esse mundo material, nem percebem que fracassou. Nasceu aqui na terra
com uma missão específica e, apenas figurou no teatro da vida num papel de “animal
faminto”, onde sua presa alimentar foi substituída pelo paradigma “correr atrás
do dinheiro”.
Alguém pode
dizer: pelo menos deixei para meus filhos. Será que os filhos dessa encarnação
não são aqueles os cobradores de vidas passadas ocupando a posição de herdeiros?
Muitos dos cobradores
e pessoas que foram prejudicadas em vidas passadas podem ser atraídos e encarnam
na família de seus algozes para que os débitos lhes sejam restituídos. Com a
ajuda de seus amigos espirituais eles põem seu devedor para trabalhar como um “jumento”,
para depois serem ressarcidos através da herança.
Aí vem a
pergunta: Você trabalhou feito um “jumento” para fazer um “pezinho de meia”
para garantir uma vida farta ou você não passou de um trabalhador escravo a
serviço de seus credores do além?
Isso não é
regra geral, mas pelo menos, é a lógica. Uma família é um grupo de encarnados
equilibrados, ganhando dinheiro e adquirindo bens onde o objetivo é ser útil
para os que estão a sua volta.
Trabalhar é
preciso. Quem nasce escravo do trabalho, por um capricho da avareza, a única
coisa que leva para a espiritualidade é um enorme certificado com letras garrafais,
“Eu fracassei”.
Geralmente o
portador desse certificado nem consegue imaginar o que veio fazer aqui no
planeta terra.
Trabalho
saudável é aquele que nos proporciona satisfação, gera benefícios e nos permite
ser útil entre nossos amigos, familiares e companheiros de jornada.
Conrado Dantas
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