Eu conheço um sujeito que toca violão e
canta muito bem. Um grande artista. Contudo, na vida prática, esse talento não
se manifesta. Pouco estudo, pouco conhecimento, e pouca capacidade de
compreensão e raciocínio. A maioria dos artistas brasileiros é assim. Atores,
músicos, jogadores de futebol, modelos, saltimbancos, e outros que tais, de um
modo geral têm capacidade limitada de raciocínio, embora sejam virtuoses em
suas áreas de atuação. As massas tendem a mitificar seus ídolos como ícones de
inteligência, o que é um erro.
Ao longo dos meus 35 anos de
jornalismo, entrevistei e conversei com muita gente famosa que deixava muito a
desejar na parte intelectual. Portanto, quando eles se metem a opinar sobre
assuntos sérios da comunidade em que vivem, não devem ser levados em conta. No
caso dos atores, principalmente, porque, sempre que aparecem na TV para
defender esse ou aquele tema em pauta, o fazem mediante um cache. Ou seja,
estão apenas interpretando um personagem, como se estivessem num palco e não na
vida real.
Eu gosto de cantar, mas longe de mim
tentar tomar o lugar de um cantor profissional. Canto no chuveiro, em festinhas
íntimas, em farras com amigos, mas sempre por prazer, nunca por profissão. Sou
jornalista, cronista e articulista, lido com palavras, textos, e comento fatos
ocorridos no cotidiano. Para isso tenho que ler muito, ouvir muito, me
informar, para emitir uma opinião bem abalizada para os leitores e ouvintes.
Fico sabendo agora que diversos
artistas estão assinando um manifesto pró Dilma. Tudo bem se estivessem
exercendo o direito que a cidadania lhes confere, e não sendo manipulados ou
pagos pelos principais interessados no processo. Como podemos saber se não é
isto que está acontecendo. Afinal, eles são profissionais. Tão profissionais
quanto aqueles que aparecem nos jornais, rádios e TV fazendo propaganda de
remédios, produtos de beleza ou outra coisa qualquer. Não servem como
referência para que tomemos uma posição importante quanto ao futuro do país.
Deixemos a política com os políticos.
De minha parte, se hay gobierno, soy contra.
Anarquia Já!
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