Uma esperança contra o Alzheimer: foi realizada no Brasil uma cirurgia que pode combater o mal. O procedimento, chamado de estimulação cerebral profunda, funciona como um marca-passo
 cerebral - microcorrentes elétricas são descarregadas no cérebro, 
estimulando seu funcionamento. Um paciente de 77 anos teve o aparelho 
colocado este mês, em um hospital da Paraíba. 
Esse tipo de operação vem sendo realizada de forma experimental no 
país desde 2013, quando médicos neurologistas começaram a testar o 
aparelho em pacientes de Alzheimer, para tentar frear o
 avanço da doença e ajudar na recuperação da memória. Antes disso, o 
estímulo era utilizado apenas nos portadores do mal de Parkinson - com melhora significativa nesses casos há mais de 20 anos.
Conforme informado pelo jornal Correio da Paraíba, que não revelou a identidade do paciente a pedidos da família, uma possibilidade era levá-lo ao Canadá para a realização da cirurgia, onde ela já é feita com sucesso há cerca de cinco anos. Entretanto, a equipe do Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa, garantiu que o idoso pudesse ser operado na instituição, no dia 11 de dezembro.
Anna Bizon/ iStock
Apesar de tudo ter ocorrido dentro do esperado, só é possível começar a perceber como cérebro reagiu 30 dias após a realização do procedimento. O paciente já não reagia mais às medicações receitadas.
O que acontece no cérebro?
A estimulação cerebral profunda - Deep Brain Stimulation, em
 inglês - é um método utilizado contra males neurológicos, desde 1987. 
Os impulsos elétricos emitidos pelo marca-passo são enviados para a área
 afetada do cérebro. No caso do Alzheimer, eles proporciam aumento do hipocampo, área responsável pela memória.
Os pacientes submetidos ao estímulo são acompanhados com exames de 
PET-Scan, em que é possível visualizar a atividade cerebral. Após a 
cirurgia, áreas relacionadas à memória se mostram mais ativas em relação
 ao que apresentavam antes, sem o controle da doença. Isso quer dizer 
que, além de frear o mal, o procedimento pode ajudar a reaquecer as lembranças.
Apesar de o tratamento promissor e de já ser utilizado a vários anos 
para doenças como o mal de Parkinson, seu uso contra o Alzheimer ainda é
 muito recente. Além disso, existem efeitos colaterais
 severos, como alucinações, hiperssexualidade e até mudança de 
personalidade em alguns casos. Uma vez sentidos os avanços, médicos 
normalmente propõem o desligamento do aparelho e a utilização de um método menos invasivo. (SuperInteressante)

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