Mas vamos voltar no tempo até onde toda essa maluquice começou: Estava o cervo (veado, para os íntimos) pastando sua relvinha, preocupado apenas em fugir dos predadores. De repente, Sua Majestade, o Leão, acorda com fome e escolhe um veado para comer. Mas comer literalmente, com claros propósitos alimentares. E assim vinha sendo desde que o mundo se fez. Porém, lá um dia, no Rio de Janeiro, estado que detém uma das maiores populações de viados (não veados), um padre inventa o Jogo do Bicho, objetivando angariar algum dinheiro para a sua paróquia. Ele fez uma tabela com imagens de animais, cada um com um número correspondente, e a partir dali as pessoas fariam apostas para o sorteio de dezenas, centenas e milhar, com os acertadores recebendo um prêmio em dinheiro. Coube ao Veado o número 24. A partir daí foi um pulo para as populações associarem o número 24 aos viados. Percebam a sutil diferença entre o Veado (cervo) e o Viado (homossexual). E vieram as variações para 3X8, e Bicha, sim, porque o Veado é um bicho e o Viado é uma Bicha.
Num mundo predominante governado por homens, um homossexual sofria (e ainda sofre) muitas humilhações e ter um na família ainda é motivo de tristeza e vergonha para muitos pais e parentes. Eu sei que isso tem explicação do ponto de vista espiritual, mas também não quero entrar nesse debate inútil. Portanto, voltemos à polêmica da camisa 24. Jogadores de futebol vivem num ambiente masculinizado ao extremo, e vestir uma camisa com número 24 é motivo de chacota (bullying) que nem todos suportam. E para evitar problemas, os clubes não as confecciona. Além do que, ela é desnecessária, como já demonstramos lá no início.
Um comentário:
Muito bom.
Parabéns, na espera do próximo texto.
Até lá.
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