Os calendários assinalam para 05 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia, ou da Casa Comum e da Casa da Vida. Essa data, como outras, pode ter virado um fenômeno da moda. Mas, diante da dramática situação atual, é impossível permanecermos calados. Por isso, o dia do Meio Ambiente, deve servir para uma séria reflexão sobre nosso papel diante do mundo em que vivemos.
O TERMO ecologia foi criado, em
1866, pelo biólogo e zoólogo alemão Ernest Haeckel, falecido em 1919. A palavra
vem do grego: oikós, casa e logia, ciência. Trata-se, portanto, da ciência que
visa preservar a Terra, nossa “Casa Comum”, o ambiente e todos os seres vivos. O
homem está destruindo a natureza. Na década de cinqüenta, temia-se a bomba
atômica. Hoje, a poluição é bem pior que a bomba. Está destruindo a Casa da
Vida.
O PAPA Francisco, para alertar o mundo sobre a grave situação do meio ambiente, lançou a carta Encíclica “Laudato Si” (Louvado Seja) sobre o cuidado da Casa Comum. A carta, é um reforço significativo à corrente da sociedade que grita na tentativa de frear a exploração dos recursos naturais e garantir a sobrevivência do planeta.
O CAMINHO para cuidar da Casa da Vida – do Planeta Terra – é a educação. Uma boa educação familiar e escolar, em tenra idade, coloca sementes que podem produzir efeitos durante toda a vida. A família é o lugar onde a vida, dom de Deus, deve ser acolhida e protegida contra os múltiplos ataques a que está exposta. Quem não cuida da natureza, não cuida da vida.
NO PRIMEIRO capítulo da Bíblia,
Deus confia ao homem o cuidado da Casa da Vida. A tarefa não está sendo
cumprida. Todos, de alguma maneira, somos coniventes. Se alguém derruba uma
árvore, essa, desaparece para todos.
Hoje, o meio ambiente se apresenta com renovadas exigências. Por isso, é
bom recordar a velha, mas cada vez mais atual frase: Deus nunca se vinga, os
homens às vezes, a natureza sempre. Ou, Deus sempre perdoa, os homens às vezes,
a natureza nunca.
Dom Itamar Vian
Arcebispo Emérito
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