quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Alex Ferraz

Demissões aumentam, mas centrais sindicais silenciam
Vi na televisão a notícia de mais de 500 demitidos sumariamente em usina de álcool em São Paulo.
Os patrões alegam que o rendimento tem caído vertiginosamente, inclusive devido à perda de preferência do álcool diante da gasolina, e isso lhes obriga a demitir. E queixam-se, como de praxe, que não podem pagar as dívidas de empréstimos contraídos junto a bancos oficiais.
Também em São Paulo, diga-se de passagem estado mais rico do país, a indústria automobilística tem  demitido aos montes, milhares de trabalhadores, seja por demissão voluntária ou o velho e conhecido chute no traseiro, sem maiores delongas.
Em ambos os casos, está por trás uma pressão para que o governo refaça financiamentos (álcool) e conceda mais redução de IPI e outras vantagens para uma indústria que vende os mais caros carros do mundo e nem de longe entre os melhores.
Como se vê, nesses casos quem "dança" são os trabalhadores, em nome dos quais muita gente enche a boca em palanques e já chegou ao governo central. É a praxe, em governos de qualquer coloração. A corda, como sempre, partindo no lado mais fraco.
Impressionante, a propósito, tem sido o silêncio de centrais sindicais diante deste desemprego em massa.

Atentado?
O deputado e delegado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) quer que o acidente que matou Eduardo Campos e comitiva, no dia 13 de agosto, seja investigado como atentado.
Diante disso, a família do ex-candidato à Presidência decidiu cobrar do deputado  os indícios que sustentam sua convicção de que foi um atentado que matou o ex-governador. Situação complicada, hein?

Quanta ingratidão, minha gente!
É notável a quantidade de candidatos que têm renegado padrinhos políticos, candidatos majoritários de seus partidos ou coligações e até mesmo parentes de primeiro grau nesta campanha eleitoral. Não querem foto nem citam nomes.
Contenham-se, filhos e afilhados ingratos!

Mais uma lei engavetada...
Em vigor desde janeiro, e com a qual a presidente Dilma fez grande alarde, a nova Lei Anticorrupção, que pune severamente donos de empresas envolvidas em corrupção (caso, aliás, do escândalo envolvendo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa), ainda não foi regulamentada pela Presidência da República, o que abre enormes brechas para que envolvidos em crimes do tipo se livrem. Por que?

E as pocilgas, até quando?
Noticiou ontem esta Tribuna ação louvável do Procon-BA em lojas de supermercados na Barra. Entre outras questões, falha na conservação de alimentos.
No entanto, até agora e apesar das sucessivas denúncias, a Vigilância Sanitária não deu o sadio ar da sua graça em relação aos sanitários dessas lojas (e da maioria de outros supermercados, na cidade), que são verdadeiras pocilgas. E em um local onde se vende comida!

Mudanças na Justiça (I)
A partir do próximo dia 29, as secretarias das Turmas Recursais do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia passam a funcionar em novo endereço. Situadas anteriormente na Avenida Manoel Dias da Silva, na Pituba, as secretarias, agora, terão expediente na Central dos Juizados do Tribunal, no bairro do Imbuí.
A Central de Recebimento de Queixas de Salvador, que funcionava na mesma localização das Turmas Recursais, foi desativada. Os atendentes judiciários lotados na unidade foram redistribuídos entre outros seis postos de recebimento de queixas de Salvador.

Mudanças na Justiça (II)
A extensão da Central de Queixas, localizada no Shopping Paralela, que é um desses postos, passa a funcionar como Juizado Especial Cível de Apoio.
Os demais postos funcionam nas unidades do SAJ do Shopping Barra, do Shopping Salvador, de Cajazeiras, do Instituto do Cacau, no Comércio, e de Periperi.

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