“Não
importa quem eles acreditem que tenha criado. O importante é que a APAE exista.
Que se tenha a APAE. O que importa é que o excepcional tenha ajuda”.
A APAE (Associação de Pais Amigos
Excepcionais) é uma instituição filantrópica, que tem como missão promover e
articular ações de defesa de direitos, prevenção, orientação, prestação de
serviços e apoio às famílias, direcionadas a melhoria de qualidade de vida da
pessoa portadora de deficiência intelectual, autismo e transtornos do
desenvolvimento. Em Feira de Santana, a entidade atende diariamente 1000 pessoas,
contando com uma equipe formada por profissionais de saúde que atuam nas áreas
de Assistência Social, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psiquiatria, Terapia
Ocupacional e Musicoterapia.
Para garantir a inclusão dessas
pessoas, a entidade dispões de uma escola especial que abrange um núcleo de
educação básica e outro profissional, além de oferecer atividades esportivas.
Todas as ações visam, desenvolver habilidades e superar as barreiras impostas
pela deficiência.
Embora comemorando 30 anos neste ano de
2014, a APAE de Feira de Santana existia a muito mais tempo. Fundada pela senhora
Yara Valverde em 1964, a entidade funcionou durante 10 anos sendo fechada em
1974 por falta de apoio. Dona Yara Valverde contou que teve uma criança
excepcional. Certa feita viu um anuncio de um curso promovido pela APAE de São
Paulo sobre pessoas com deficiência e foi fazer o curso para ver se estava
educando a filha corretamente e teve uma decepção ao tomar conhecimento de que
não se deve tratar um excepcional com muita dependência e era exatamente o que
ela fazia.
Ao retornar para Feira de Santana Yara
Valverde sentindo a necessidade de criar uma APAE, contando com apoio de
pessoas da cidade criou a entidade. “Eu não criei a APAE para ganhar dinheiro,
mas para que minha única filha que era excepcional melhorasse. Quem podia pagar
pelos serviços prestados pagava, quem não podia era atendido mesmo assim”,
revelou ela à época em que a nova APAE completava 25 anos de reaberta. A APAE
funcionava na rua Visconde Rio Branco.
Yara Valverde contou que teve muita
dificuldade em encontrar professores, porque alguns eram muito preconceituosos
e ignorante quanto à questão do excepcional. Mas, ela conseguiu vencer e a APAE
funcionou até 1974. Certa feita uma antiga sócia contribuinte disse a ela que
diziam que uma outra pessoa havia fundado a APAE de Feira e ela respondeu: “Não
importa quem eles acreditam que tenham criado. O importante é que a APAE
exista. Que se tenha a APAE. O que importa é que o excepcional tem há ajuda”.
Reabertura
Em 1984 um grupo
se uniu e reabriu a APAE, motivados pelo interesse de profissionais de saúde
recém formados em Salvador, incluindo Ilka Silva Barreto, filha de Normando
Barreto que se juntou a Rodival Monteiro, Aurino Soares de Melo e Arlindo
Soares de Melo, membros da Loja Maçônica Harmonia Luz e Sigilo, e alugou uma
casa para abrigar a entidade. O número de deficientes cresceu e foi necessário
um local maior, foi aí que passou a funcionar em uma escola nos fundos da Loja
Maçônica onde eram atendidas 50 crianças.
Normando Barreto conta que o número de
crianças foi aumentando e eles conseguiram a doação de um terreno da Prefeitura
Municipal, nas proximidades do Centro de Abastecimento, onde funciona até hoje.
“Fizemos bingos, rifas e convenios com os governos Municipal e Estadual para
construir a sede”. Ele presidiu a APAE
durante 15 anos e se diz “muito realizado, pois não foi um trabalho que eu fiz
com o intuito de receber uma recompensa. Me sinto regozijado com este trabalho
em benefício dos alunos especiais”.
Um comentário:
APAE FEIRA, 30 anos de trabalho dedicado a pessoas com deficiência intelectual e autismo.
Obrigada pela divulgação, Cristovam Aguiar e Maura Sergia!!!
Postar um comentário