quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Alex Ferraz

INFERNO
A privatização estancou no meio do caminho e os cartórios da Bahia, notadamente em Salvador, continuam torturando seus clientes com filas gigantescas, esperas homéricas e quase sempre com funcionários de cara feia, tratando esses clientes com se fossem um estorvo. Mas ganham fortunas, esses cartórios, podem crer.

Marqueteiros tratam o eleitor como idiota
Expressões forçadas a título de "identificar" o candidato com o eleitor, gente falando errado quando se abordam assuntos do interior, e, claro, as insuportáveis e repetitivas frases com promessas idem. Assim estão as campanhas eleitorais, em seus textos, um misto de preconceito e mesmice.
Se é verdade que a grande maioria dos políticos não se preocupou em mudar seus discursos após a voz das ruas de junho de 2013, ignorando solenemente a descrença do povo brasileiro em relação a eles, também está claro que os marqueteiros fizeram o mesmo: ignoraram a mudança de mentalidade, ainda que ocorrida num átimo - que foi o que duraram as manifestações de verdade -, e seguem com fórmulas cansadas, repetitivas e, repito, preconceituosas.
O baiano fala "cantando"? Pode ser, mas não da forma caricatural como aparece na maiorias das propagandas, notadamente no rádio. E quando as campanhas se referem ao interior do País - falo, inclusive, das campanhas para presidente -, aí vem um festival de palavreado forçado e o carimbo da ignorância embutido em todas as observações do suposto eleitor. Pois é, amigos, chegou a hora de não apenas os políticos exercerem realmente uma nova política, mas também de marqueteiros e publicitários em geral terem mais criatividade e menos preconceito.

Frase: “A ignorância está mais próxima da verdade que o preconceito."
(Denis Diderot)


Desprezo
pelos clientes (I)

A agência Bradesco do Campo da Pólvora é um exemplo de como não deve ser um autoatendimento. Dos cerca de 15 caixas eletrônicos ali instalados, nos fins de semana apenas quatro ou cinco funcionam de verdade.
A maioria está sem dinheiro ou simplesmente desligada.
Isso para não falar no tremendo calor, pois desligam também o ar condicionado, e o cliente sofre ao receber o forte sol da tarde.

Desprezo
pelos clientes (II)

Ora, se há um setor no Brasil que não pode se queixar de "crise" é o bancário.
Os lucros são cada vez maiores, bilionários, e não é possível que um banco do porte do Bradesco necessite poupar ar condicionado ou manter caixas vazios ou inoperantes.
É pura sacanagem mesmo, para usar um termo corriqueiro.

Ninguém sabe
cantar o hino

Deveriam acabar de uma vez por todas com essa hipocrisia de obrigar a que se cante o Hino Nacional nas partidas de futebol. Seria melhor, já que a TV mostra, claramente, que a maioria absoluta dos jogadores não sabe a letra do hino e não está nem aí para esse nacionalismo forçado. É um vexame!

Um momento
de humor

Na TV, a apresentadora vai regendo a galera, no ensaio de uma dança em grupo. A certa altura, ela começa a gritar: "Levantem as axilas!" Êita! Levantem as mãos, os braços, as pernas, tudo bem, mas LEVANTAR axilas fica difícil, hein? Hehehe...

É de nos matar
de inveja

Assisto com frequência o canal Investigação Discovery, na TV por assinatura. Narra, com primorosa documentação e teatralização, crimes reais e, claro, sua investigação, nos Estados Unidos.
Alguns foram investigados durante quase duas décadas, mas sempre se chega ao culpado, que é exemplarmente punido.
Tanto faz se a vítima é pobre, negra, loira, milionária. E o criminoso, idem.
Um belíssimo trabalho de inteligência do qual nossa Polícia está, claro, a anos luz de distância.

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