quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Feira de Santana. 181 anos de resistência e progresso



Feira de Santana completa hoje (18) 181 anos de emancipação política dando sinais de que, apesar da lentidão da máquina administrativa, começa a ocupar o seu lugar de metrópole da fronteira entre o Recôncavo e o Sertão. Desde o início a história da cidade é permeada por altos e baixos o que diz respeito às administrações públicas. É como se a cidade desse três passos para frente e dois para trás a cada década.
         Porém, questões políticas à parte, a cidade cresce à revelia do poder público, embalada pela sua extraordinária localização geográfica e pela ação de grandes homens públicos que ao longo da sua história. Dado a esta lentidão do poder público na resolutividade dos seus problemas, a Princesa do Sertão, que tem um aeroporto desde a década de 80, somente agora deverá ter uma linha regular de transporte aéreo, prometida para entrar em operação no final deste mês.

         Outro exemplo da marcha lenta dos Governos é a regulamentação e efetiva implantação da Região Metropolitana, já aprovada oficialmente na Assembleia Legislativa há cerca de quatro anos. A avenida Noide Cerqueira, importante vetor de crescimento para a cidade, e alternativa rodoviária para o acesso a BR 324, foi finalmente inaugurada, depois de muitas e vindas, e ainda assim sem o necessário viaduto que a entroncaria com a referida rodovia. Desta forma, o motorista que pegar a BR 324, via avenida Noide Cerqueira, terá que retornar seis quilômetros para pegar a rodovia no sentido Salvador. 

         Apesar da má vontade de alguns governantes em relação ao município e da falta de visão e dinamismo de alguns Executivos municipais, a cidade cresce. Desordenadamente, mas cresce. E sua população acaba de ultrapassar oficialmente a marca dos 600 mil habitantes, porém, acredita-se que seja muitos mais. Esta marca oficial já poderia ultrapassar um milhão, se o Polo de Logística projetado a mais de 10 anos, prometido e cantado em prosa e verso pelos governantes, já houvesse sido implantado. Contudo, nada foi feito neste sentido até agora.

         Parece ser um estigma da cidade que sempre se opôs a governos tiranos. Durante o período da ditadura militar, a cidade foi um bastião de resistência elegendo sempre governantes de oposição ao regime ditatorial. Por isso, pagou um preço alto na marcha do seu progresso. Finda a ditadura, a cidade sofreu nas mãos de governantes de visão estreita ou simplesmente porque não são alinhados com o governo do Estado.

         Apesar de tudo, a cidade cresceu, cresce e vai continuar crescendo, atropelando quem se interponha no seu caminho. Como já ocorreu em épocas passadas. O cidadão feirense pode se orgulhar da sua cidade. Até porque ele é a principal força deste grande município. 
       A seguir uma série de matérias mostrando um pouco da vida da cidade através de textos publicados na Tribuna da Bahia escritos por nós.


        

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