Feira de Santana completa hoje (18) 181
anos de emancipação política dando sinais de que, apesar da lentidão da máquina
administrativa, começa a ocupar o seu lugar de metrópole da fronteira entre o Recôncavo
e o Sertão. Desde o início a história da cidade é permeada por altos e baixos o
que diz respeito às administrações públicas. É como se a cidade desse três
passos para frente e dois para trás a cada década.
Porém, questões políticas à parte, a cidade
cresce à revelia do poder público, embalada pela sua extraordinária localização
geográfica e pela ação de grandes homens públicos que ao longo da sua história.
Dado a esta lentidão do poder público na resolutividade dos seus problemas, a
Princesa do Sertão, que tem um aeroporto desde a década de 80, somente agora
deverá ter uma linha regular de transporte aéreo, prometida para entrar em
operação no final deste mês.
Outro exemplo da marcha lenta dos
Governos é a regulamentação e efetiva implantação da Região Metropolitana, já
aprovada oficialmente na Assembleia Legislativa há cerca de quatro anos. A
avenida Noide Cerqueira, importante vetor de crescimento para a cidade, e
alternativa rodoviária para o acesso a BR 324, foi finalmente inaugurada,
depois de muitas e vindas, e ainda assim sem o necessário viaduto que a
entroncaria com a referida rodovia. Desta forma, o motorista que pegar a BR 324,
via avenida Noide Cerqueira, terá que retornar seis quilômetros para pegar a
rodovia no sentido Salvador.
Apesar da má vontade de alguns
governantes em relação ao município e da falta de visão e dinamismo de alguns
Executivos municipais, a cidade cresce. Desordenadamente, mas cresce. E sua
população acaba de ultrapassar oficialmente a marca dos 600 mil habitantes,
porém, acredita-se que seja muitos mais. Esta marca oficial já poderia ultrapassar
um milhão, se o Polo de Logística projetado a mais de 10 anos, prometido e
cantado em prosa e verso pelos governantes, já houvesse sido implantado.
Contudo, nada foi feito neste sentido até agora.
Parece ser um estigma da cidade que
sempre se opôs a governos tiranos. Durante o período da ditadura militar, a
cidade foi um bastião de resistência elegendo sempre governantes de oposição ao
regime ditatorial. Por isso, pagou um preço alto na marcha do seu progresso.
Finda a ditadura, a cidade sofreu nas mãos de governantes de visão estreita ou
simplesmente porque não são alinhados com o governo do Estado.
Apesar de tudo, a cidade cresceu,
cresce e vai continuar crescendo, atropelando quem se interponha no seu
caminho. Como já ocorreu em épocas passadas. O cidadão feirense pode se
orgulhar da sua cidade. Até porque ele é a principal força deste grande
município.
A seguir uma série de matérias mostrando um pouco da vida da cidade através de textos publicados na Tribuna da Bahia escritos por nós.
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