Avanços nesses 30 anos da reabertura da APAE

 

         A APAE foi reaberta em 1984 por uma equipe de profissionais da área de saúde focando num atendimento mais educacional para pessoas com deficiência mental. A partir de 1993, com sede própria, aumentou significativamente o número de atendimentos e serviços oferecidos. Hoje, além de atendimentos educacionais, são ofertados cerca de 1000 atendimentos em diversas especialidades da área de saúde. 

         Além de pessoas com deficiência mental e autismo, oferece atendimento para pessoas com transtornos de desenvolvimento, que é prestado unicamente pela instituição na região. Mesmo este sendo um serviço novo, existe fila de espera devido a capacidade instalada não ser suficiente para a demanda. A proposta da instituição, segundo a diretora Mary Portugal Makhow, é a valorização da pessoa com deficiência através de atendimentos especializados e o fortalecimento do vínculo familiar.

         Foi assim que desenvolveu-se o grupo de pais, de irmãos e o clube de mães, onde desenvolvem trabalhos de artesanatos como alternativa para a geração de renda. “Além do apoio emocional e material, ajudamos estas famílias no setor jurídico, para que elas possam estar cientes dos seus direitos e os dos seus familiares”, informou Mary Portugal.  Ela revela que trabalhar para a APAE sempre foi muito prazeroso. “É algo que tenho uma verdadeira paixão, principalmente por ter contribuído para este crescimento”, confidenciou.

Inovação

         Durante seis anos Jurandir de Araújo Mato-Grosso esteve à frente da APAE Feira de Santana e faz um balanço positivo da sua gestão. “Foram quase 70% de aumento na arrecadação de doações provenientes do telemarketing e um total de 30 projetos aprovados, que rendeu a entidade investimentos nas suas teres áreas de atuação: assistência, educação e saúde.

         Jurandir afirma que para conseguir os objetivos precisou inovar na administração. Para tanto implantou um Plano de Ação Trienal. Cada coordenador de área deveria detalhar suas atividades e planejamentos para todo o triênio. Implantou um Setor de Projetos, responsável pela elaboração de projetos sociais para fins de financiamento dos programas realizados pela instituição. Setor de Marketing para que a comunidade tivesse um conhecimento maior sobre as atividades realizadas e fortalecimento da marca da APAE. Profissionalizou o Setor de Telemarketing com o objetivo de aumentar a arrecadação, autorizando para isto a contratação de uma c consultoria especializada em 3º setor.

         Também implantou um Setor de Captação de Recursos englobando estes três setores estratégicos da APAE, com a contratação de coordenação para fazer a gestão da Assessoria de Projetos, Assessoria de Marketing e de Telemarketing. Promoveu ainda reforma e ampliação da sede, possibilitando a imediata melhoria da qualidade e ampliação do atendimento para diminuir a lista de espera. Promoveu o aumento do quadro de técnicos especializados para um melhor atendimento ao seu publico alvo.

         Dessa forma, o número de funcionários foi aumentando gradativamente e hoje a entidade atende cerca de 700 alunos diariamente e realiza cerca de 7 mil atendimentos com 114 funcionários. “Outro fator determinante para o sucesso da gestão 2008/2013 foi a transparência aplicada nos recursos sociais e financeiros, amplamente divulgados em relatórios anuais e nos meios de comunicação através do site e dos boletins informativos”. Afirma o ex-presidente. Segundo ele, o próximo desafio da APAE será a reforma e ampliação da Escola Normando Alves Barreto. Compromisso este firmado também pela nova diretoria, que assumiu neste ano de 2014”.

Inclusão

O salto da qualidade contínua dos serviços prestados pela APAE de Feira de Santana pode ser observado no grau de desenvolvimento da independência e qualidade de vida dos alunos e nas conquistas no campo da inclusão. Foi notável o excelente desempenho dos alunos apaeanos, seja no campo da inserção no mercado formal de trabalho, onde foram inclusos na gestão do presidente Jurandir de Araújo Mato-Grosso, cerca de 60 pessoas, bem como em competições esportivas e mostras culturais.

         Todo o potencial dos alunos da APAE Feira de Santana pode ser constatado durante a apresentação da “Cia de Artes da APAE”, durante o Festival Nacional Nossa Arte, realizado no ano passado em São Luís do Maranhão, depois de ter conquistado a 1ª colocação no Festival Estadual nesse mesmo ano.

         Em 2011 a APAE aderiu ao Programa APAE Energia, que permite doações financeiras através da conta de energia, dando um salto na arrecadação de recursos. O projeto é uma parceria entre a Federação das APAES da Bahia com a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) e a empresa SOLLO – Soluções de Relacionamento. As doações são debitadas automaticamente da sua conta de luz e destinadas às crianças apaeanas de todo o Estado.  Assim, além de doações através do Telemarketing da APAE, a comunidade feirense pode doar também através da conta de energia. As doações feitas pelos feirenses ajudam na manutenção da escola da APAE local, além do núcleo ambulatorial de todos os programas assistenciais necessários para os atendidos. Pata contribuir com um valor mínimo de R$ 5, e máximo de R$ 50, basta entrar em contato com a central responsável pelo projeto através do número 0800 722 2723 e determinar o valor desejado, que pode ser aumentado a qualquer momento. Ao pagar a conta com o registro da doação, automaticamente o doador passa a ser um amigo das crianças apaenas.

         Para este ano de 2014 foram aprovados projetos Saúde, que visa estruturar com equipamentos e material permanente a unidade de atenção especializada em saúde, promovendo melhorias nos serviços realizados, com verba oriunda do Fundo Nacional de Saúde. APAE Qualifica, que visa contribuir para a inclusão de pessoas com deficiência mental no mercado de trabalho, através de qualificação profissional, com verba do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente, Fundação Banco do Brasil e Belgo Bakaert. E ainda o Clube de Mães – Um a alternativa sustentável, que tem o objetivo de favorecer a geração de renda das famílias atendidas pela entidade, com verba oriunda da Fundação Banco do Brasil.