Na Europa, mas precisamente na França, lá pelo século XVIII, se acendeu
o farol intelectual da civilização ocidental num movimento chamado de Iluminismo.
Foi com esse movimento que Paris passou ser conhecida como “A Cidade Luz”.
Já entrando no clima
primaveril do outro movimento chamado “Romantismo”, nasce em 03 de outubro de
1804, na cidade de Lyon, Hippolite Léon Denizard Rivail, que, mais tarde, se
tornaria conhecido por Allan Kardec.
Denizard
Rivail era bacharel em Letras e Ciências, falava fluentemente vários idiomas e seu
objetivo estava focado na educação, por isso, escreveu vários livros
pedagógicos.
Depois
de uns incidentes financeiros, Rivail, para sobreviver, começou a escrever
livros didáticos e a trabalhar como contador de três firmas comerciais. Ministrou
cursos de Física, Química, Astronomia e Anatomia Comparada.
Por
casualidade do destino Denizard foi convidado a visitar uma sessão de “mesas
falantes” que estava muito em voga em Paris.
Curioso,
Rivail começou sua maratona de perguntas e respostas. O interessante é que primeiro
surgiram as respostas depois vieram as perguntas.
Nesse ínterim, Denizard,
recebeu de amigos adeptos ao movimento das “Mesas”, mais de 50 cadernos com
anotações que passaram pelo crivo do “Espírito da verdade” e com o aval de
vários outros. Denizard organizou todo o material em forma de perguntas e
respostas para dar um cunho mais pedagógico ao que ele chamaria de “Espiritismo”.
Sendo assim, Denizard lançou, em Paris, em 18 de
abril de 1857
o primeiro livro da linha espírita “O livro dos Espíritos”.
No Capítulo da Lei Divina ou Natural, há uma
bela explicação sobre fazer o bem:
“Não há quem não possa fazer o bem. Somente o egoísta
nunca encontra ensejo de o praticar. Basta que se esteja em relações com outros
homens para que se tenha ocasião de fazer o bem, e não há dia da existência que
não ofereça, a quem não se ache cego pelo egoísmo, oportunidade de praticá-lo.
Porque, fazer o bem não consiste, para o homem, apenas em ser caridoso, mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes que o seu concurso
venha a ser necessário.”
A essa explicação, Denizard acrescentou,
antes, a pergunta de número 643:
“Haverá quem, pela sua posição, não tenha
possibilidade de fazer o bem?”
As vezes
chegamos a pensar que Denizard entrevistava os espíritos levando lápis e papel.
Foi ao contrario. Para cada resposta previamente anotada, ele acrescentava a pergunta
correspondente para dar um cunho bem didático já que essa era sua especialidade
profissional.
Sendo assim Denizard fez mais um livro paradidático, com mais de mil
perguntas e respostas, para a nova linha doutrinária, “O espiritismo”.
Essa explicação vale uma boa
reflexão. Tudo que você faz, pensa ou diz
dos outros e que você ficaria feliz se alguém fizesse o mesmo com você, isso é o bem.
Quando você se permite
ser magoado por palavras ou atitudes não praticadas por você, isso é o mau.
Ninguém consegue praticar o mau a outro, sem que esse o permita.
Todo mau não absorvido será devolvido a quem o praticou.
Conrado Dantas
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