Quantas vezes por dia você pega o telefone, dá uma olhadinha no
Facebook, no Twitter, nas mensagens, no tempo, na agenda, nas fotos, nas
músicas…. ufa… E tudo isso de uma só vez!
Quando vai escrever e-mails, então, acaba passando uns bons minutos
movimentando sem parar os polegares. Pois bem, esse movimento não era
comum antigamente, e foi exatamente isso que levou neurocientistas da
Universidade de Zurich a estudar a relação entre os dedos das mãos e o
cérebro.
O estudo, publicado na revista científica Current Biology,
aponta resultados curiosos sobre a plasticidade do órgão que controla o
corpo humano, e revela que o tempo que você passa usando o smarphone
afeta diretamente a forma como seu cérebro se adapta às
necessidades diárias dos seus dedos.

Imagem: Creative Commons / Kamyar Adl
Para chegar à conclusão, os pesquisadores analisaram os usos do
smartphone associados ao monitoramento da atividade cerebral dos
participantes. Segundo a equipe, não foi difícil obter os dados, já que
os aparelhos de telefone utilizados automaticamente armazenam dados
específicos sobre o uso dos aplicativos.
O estudo, liderado pelo pesquisador Arko Ghosh, da Universidade de
Zurich, aponta que os dedos mais utilizados são o polegar, o indicador e
o dedo do meio (sim, esse mesmo). E, quando comparado com pessoas que
não usam smartphones, as ondas cerebrais dos usuários têm atividades
significativamente mais altas na região do cérebro encarregada do uso
desses dedos. Isso significa que os usuários apresentam maior destreza
no uso dos dedos.
Os resultados podem parecer óbvios, mas têm implicações importantes
sobre como as tecnologias modernas não só estão mudando nossas formas de
interação com o espaço e o tempo, mas também podem reformatar o
processamento cerebral sensorial humano. Em outras palavras, quanto mais
complicada a tecnologia, mais o cérebro se vira pra dar conta da
tarefa.
E você aí, achando que não ia conseguir acompanhar a evolução tecnológica…
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