domingo, 11 de agosto de 2019

A vulgaridade nas declarações de Bolsonaro e os riscos sobre a ótima agenda de governo

Bolsonaro utiliza a vulgaridade como instrumento de manipulação da extrema imprensa, que vive presa em suas escatologias- achando, erradamente, que irá destruí-lo por aí-, e para sedimentar um público que compactua com seu jeito.
O problema é que Bolsonaro não faz isso como estratégia, apenas, pois, como ele mesmo disse, ele é assim. Também, não se pode cobrar liturgia de um cargo que vem ocupado, sistematicamente, por desqualificados morais, e intelectuais, ou corrupto seriais.

Acontece, no entanto, que a vulgaridade é um instrumento perigoso ao seu capital político porque mesmo à vulgaridade há limites. Ela impõe desgastes ao simbolismo, ao poder natural do cargo, e se o fortalece junto a determinado eleitor, o enfraquece a outro determinado conjunto. Nós já provamos de presidentes fortes demais e frágeis demais. E nenhum resulta em uma boa condução do Estado.
A presença de uma família convulsa- a quem ele quer servir filet mignon-, que o obriga a ultrapassar limites, a vocação para a piada de baixo clero, acabam por gerar instabilidades, que se tornam um fator de risco ao projeto econômico, e precisa ser administrada, já que  não se pode esperar que ele mude.
O governo tem uma agenda ótima, avanços sensacionais em Infra-Estrutura, uma reforma da Previdência necessária, em fase final de aprovação, um necessário pacote anticrime a ser aprovado, uma lei de liberdade econômica, e ações de desburocratização, que precisam ser preservadas, apesar de limites a serem estabelecidos.
O entourage do presidente precisa entender que o sucesso da agenda não pode ser boicotado por excessos presidenciais, nem pode ser permitido que ele transforme a Presidência em um feudo para ações pessoais.
O Brasil acima de todos, inclusive do Presidente.

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