Imagine juntar seus dois hobbies
favoritos na mesma receita. Seamus Blackley é físico e também é
considerado o “pai do Xbox” (em 1999, quando trabalhava na Microsoft,
ele teve a ideia de criar o console de videogame). Além
disso, ele tem duas paixões inusitadas: arqueologia egípcia e
panificação. O resultado disso? Um pão feito com fermento egípcio de
4500 anos.
O fermento biológico foi
encontrado dentro de peças de cerâmica da época. Ele era usado pelos
egípcios para fazer pão e cerveja. Como seria de se esperar, todas as
amostras estavam guardadas em museus, mas o padeiro amador deu um jeito
de ter acesso ao ingrediente.
Com a ajuda de Serena Love, arqueóloga
da Universidade de Queensland, ele conseguiu negociar e levar pra casa
uma parte do fermento, enquanto o resto foi destinado a pesquisas.
Seamus, o pseudo-arqueólogo-padeiro, geralmente compartilha suas aventuras culinárias no Twitter — e essa não poderia ficar de fora. Para uma experiência ainda mais autêntica, ele usou os mesmos ingredientes que os egípcios usariam na época, como cevada, farinha de einkorn e trigo de khorasan. Todos esses são grãos mais antigos que a farinha de trigo que conhecemos hoje
O resultado foi um pão fofinho, cheiroso e gostoso. Provavelmente não é o que você imaginaria de um pão milenar. Esse “D” escrito na crosta é, na verdade, o hieróglifo antigo que designa “pão”.
Essa foi só a primeira tentativa. É provável que microorganismos modernos estivessem junto das leveduras antigas, influenciando o resultado final. A equipe de cientistas ainda pretende analisar profundamente as amostras e fazer essa separação.
Seamus já testou a receita mais vezes. Todas elas foram feitas em assadeiras e fornos convencionais, mas ele pretende usar peças de cerâmica em breve, assim como os egípcios. Nos pães abaixo, os hieróglifos escritos são Di e Ankh, que significam “dar vida”.
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