Uma apresentadora de um programa de
rádio declarou que o calor que está fazendo era devido ao céu nublado, porque
“as nuvens impediam o vento de circular”. Recomendo ao ouvinte/leitor incauto a
leitura sobre sistemas de alta e baixa pressão atmosférica, para entender
porque o ar se move, formando os ventos, e como esses movimentam e transformam
as nuvens. Ou seja: As nuvens não controlam nem movimentam os ventos, e sim o
contrário. Aliás, a falta desses conhecimentos levou um ex-presidente a
acreditar que poderia estocar vento. Pobres nós que não conseguimos controlar
nem mesmo os nossos ventos estomacais ou intestinais. Um horror!
Óia o bufel!
Devido a minha péssima visão eu não
leio mais livros, jornais ou revistas. Mal consigo ler no computador, mas com
letras aumentadas e bem devagarinho. Assim, o rádio e a TV passaram a ser
minhas principais fontes de informação e algum entretenimento. E como eu me
divirto. Tem um apresentador que gostava de comer “uma” acarajé, até que alguém
lhe alertou que aquele bolinho de feijão da culinária africana deve ser chamado
de “um” acarajé, porque trata-se de um substantivo masculino. Falta agora
alguém lhe ensinar que o plural de farol é faróis, e não “farós”, como ele
costuma dizer. Esta semana dois radialistas me fizeram rir. Eu os perdoo porque
não está errado aportuguesar nomes estrangeiros, mas que ficou engraçado, ah,
isso ficou. O primeiro se referiu àquele capim cujo nome em inglês é Buffel
Grass (grama de búfalo), que aqui se convencionou chamar de “Búfalo Grey”.
Alguns pernósticos então passaram a falar e grafar o nome no original, mas sem
o “gress”, o que fez o radialista aportuguesar para “Bufel”. Já a mocinha
referiu-se ao estado americano de Ohio (diz-se Ôrraio), como o estado de “Óio”.
Repito: Não tá errado, mas tá engraçado.
Valeta

P.S.
Mas a Bahia vai bem. PRINCIPALMENTE NA
PROPAGANDA. Talvez por isso o governador escolheu São Paulo para se submeter a
uma cirurgia nas tetas. (Silicone? Será?)
Transporte coletivo
Mais um aumento na tarifa do transporte
coletivo urbano e a mesma chiadeira de sempre que, aliás, não resolve nada. O
transporte é ruim? É. É caro? É. Mas, por que? Empresário de transporte
coletivo não é flor que se cheire. Nunca está satisfeito e sempre quer mais. O
poder municipal, entretanto, está preso a cláusulas contratuais que tem que cumprir.
Por exemplo: Garantir um volume de passageiros que assegure lucro aos
empresários. Mas, se não combater o transporte clandestino com severidade, não
vai conseguir garantir passageiro para o sistema regular de transporte. É
preciso também ser severo na concessão de passes livres, que os vereadores tão
graciosamente distribuem (o dinheiro não é deles). Cada passe livre concedido
significa que alguém vai pagar por quem vai viajar de graça, e esse é um fator
que implica no aumento do valor da passagem. Some-se a isto aumento no valor
dos combustíveis, de pneus, de peças de reposição, salários dos funcionários (o
mínimo acaba de subir em cerca de 4%), E aí não tem como não aumentar o valor
da tarifa. Recentemente surgiu mais um fator. O sistema de táxi por aplicativo
barateou este modo de transporte, de modo que usuários de coletivos estão se
organizando em grupos e indo para o trabalho de taxi, pois rateando entre eles
o valor da corrida, o preço a pagar fica igual ou menos do que a passagem de
ônibus. Mas, vamos supor que todos esses problemas fossem superados e a tarifa
pudesse ficar bem mais barata. Alguém aí acredita que os empresários iriam
aceitar reduzir os valores? E ainda resta o fato de que os ônibus são velhos e
sujos, motoristas mal educados, e nunca cumprem horários, e quem tem
compromisso precisa ter um transporte que lhes garanta o cumprimento dos seus
horários. Quer saber? Divida um táxi com um amigo que é melhor. Ou então,
compre uma moto que é uma maneira de se aposentar ou morrer mais cedo.
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Por
hoje é só que agora eu vou ali comprar um cavalo
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