sexta-feira, 17 de janeiro de 2020


 Ventania
         Uma apresentadora de um programa de rádio declarou que o calor que está fazendo era devido ao céu nublado, porque “as nuvens impediam o vento de circular”. Recomendo ao ouvinte/leitor incauto a leitura sobre sistemas de alta e baixa pressão atmosférica, para entender porque o ar se move, formando os ventos, e como esses movimentam e transformam as nuvens. Ou seja: As nuvens não controlam nem movimentam os ventos, e sim o contrário. Aliás, a falta desses conhecimentos levou um ex-presidente a acreditar que poderia estocar vento. Pobres nós que não conseguimos controlar nem mesmo os nossos ventos estomacais ou intestinais. Um horror!

Óia o bufel!
         Devido a minha péssima visão eu não leio mais livros, jornais ou revistas. Mal consigo ler no computador, mas com letras aumentadas e bem devagarinho. Assim, o rádio e a TV passaram a ser minhas principais fontes de informação e algum entretenimento. E como eu me divirto. Tem um apresentador que gostava de comer “uma” acarajé, até que alguém lhe alertou que aquele bolinho de feijão da culinária africana deve ser chamado de “um” acarajé, porque trata-se de um substantivo masculino. Falta agora alguém lhe ensinar que o plural de farol é faróis, e não “farós”, como ele costuma dizer. Esta semana dois radialistas me fizeram rir. Eu os perdoo porque não está errado aportuguesar nomes estrangeiros, mas que ficou engraçado, ah, isso ficou. O primeiro se referiu àquele capim cujo nome em inglês é Buffel Grass (grama de búfalo), que aqui se convencionou chamar de “Búfalo Grey”. Alguns pernósticos então passaram a falar e grafar o nome no original, mas sem o “gress”, o que fez o radialista aportuguesar para “Bufel”. Já a mocinha referiu-se ao estado americano de Ohio (diz-se Ôrraio), como o estado de “Óio”. Repito: Não tá errado, mas tá engraçado.

Valeta
         Há cerca de duas semanas funcionários da Embasa abriram uma valeta cortando a rua Papa João XXIII, em frente ao condomínio Santo Expedito, par fazer uma ligação de água. Arrancaram o asfalto e os paralelepípedos, colocaram os canos e jogaram areia em cima, deixando pedaço de asfalto espalhados e os paralelepípedos amontoados junto ao passeio. O Trânsito na rua é pesado. Carretas e caminhões carregados passam a todo momento, além de ônibus, vans, picapes, automóveis e motos, é claro. Isso está fazendo com que a valeta esteja crescendo e, com certeza, com as chuvas, aparecerão mais buracos. Mas, a Embasa é isso aí, vai quebrando o que não construiu e quem quiser que conserte. A Prefeitura diz que não é com ela, e o Estado também não assume. A nós, pobres mortais, resta pagar os impostos e o caríssimo serviço pelo abastecimento de água que nem sempre sai das torneiras, dando lugar ao ar.
P.S.
         Mas a Bahia vai bem. PRINCIPALMENTE NA PROPAGANDA. Talvez por isso o governador escolheu São Paulo para se submeter a uma cirurgia nas tetas. (Silicone? Será?)




Transporte coletivo
         Mais um aumento na tarifa do transporte coletivo urbano e a mesma chiadeira de sempre que, aliás, não resolve nada. O transporte é ruim? É. É caro? É. Mas, por que? Empresário de transporte coletivo não é flor que se cheire. Nunca está satisfeito e sempre quer mais. O poder municipal, entretanto, está preso a cláusulas contratuais que tem que cumprir. Por exemplo: Garantir um volume de passageiros que assegure lucro aos empresários. Mas, se não combater o transporte clandestino com severidade, não vai conseguir garantir passageiro para o sistema regular de transporte. É preciso também ser severo na concessão de passes livres, que os vereadores tão graciosamente distribuem (o dinheiro não é deles). Cada passe livre concedido significa que alguém vai pagar por quem vai viajar de graça, e esse é um fator que implica no aumento do valor da passagem. Some-se a isto aumento no valor dos combustíveis, de pneus, de peças de reposição, salários dos funcionários (o mínimo acaba de subir em cerca de 4%), E aí não tem como não aumentar o valor da tarifa. Recentemente surgiu mais um fator. O sistema de táxi por aplicativo barateou este modo de transporte, de modo que usuários de coletivos estão se organizando em grupos e indo para o trabalho de taxi, pois rateando entre eles o valor da corrida, o preço a pagar fica igual ou menos do que a passagem de ônibus. Mas, vamos supor que todos esses problemas fossem superados e a tarifa pudesse ficar bem mais barata. Alguém aí acredita que os empresários iriam aceitar reduzir os valores? E ainda resta o fato de que os ônibus são velhos e sujos, motoristas mal educados, e nunca cumprem horários, e quem tem compromisso precisa ter um transporte que lhes garanta o cumprimento dos seus horários. Quer saber? Divida um táxi com um amigo que é melhor. Ou então, compre uma moto que é uma maneira de se aposentar ou morrer mais cedo.

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Por hoje é só que agora eu vou ali comprar um cavalo

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