Entrevista de Dom Aldo
“Quando você desencarna, ninguém vai lhe perguntar qual era
sua religião. Vão lhe perguntar o que você fez quando encarnado”.
(Padre Miguel Fernandes, o padre espírita de Brasília.)
A verdade espiritual não é
propriedade dos espíritas. Talvez tenha chegado o momento da Igreja Católica
admitir, publicamente, a existência da vida após a morte e o processo
reencarnatório. Já é fato público que a reencarnação foi retirada da
Bíblia em 553 dC.
Dom Aldo Di Cillo Pagotto, arcebispo do Nordeste, deu
uma entrevista a um programa espírita apresentado pelo repórter espírita Alamar
Régis Carvalho. Durante sua entrevista, Dom Aldo disse; "li Paulo e Estevão, (obra psicografada por Chico Xavier), quem não leu não sabe o que está perdendo.
Estive com Chico Xavier e me vi diante de um autêntico santo".
Conhecimentos espirituais
não são exclusividades de grandes líderes como Divaldo, Chico Xavier, Dom Aldo e
espíritas praticantes. Pode ser de líderes católicos como o saudoso Dom Helder Câmara desencarnado em 1999.
Transcrevemos aqui, trechos de uma entrevista de Dom
Helder, através do Médium Carlos Pereira, que psicografou seu primeiro livro “Novas Utopias”.
Dom Helder,
mesmo na vida espiritual, o senhor se sente um padre?
Não poderia
deixar de me sentir padre, porque minha alma, mesmo antes de voltar, já se
sentia padre. Ao deixar a existência no corpo físico, continuo como padre
porque penso e ajo como padre. Minha convicção à Igreja Católica permanece a
mesma, ampliada, é claro, com os ensinamentos que aqui recebo, mas continuo
firme junto aos meus irmãos de Clero a contribuir, naquilo que me seja
possível, para o bem da humanidade.
Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela
escrita mediúnica?
Não. Porque eu
já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade faziam isso. Eu apenas
não me especializei, não procurei mais detalhes, deixei isso para depois,
quando houvesse tempo e oportunidade.
Imaginamos que
haja outros padres que também queiram escrever mediunicamente, relatarem suas
impressões da vida espiritual.
Outros padres,
então, querem escrever mediunicamente em nosso país?
Sim. E não poucos. São muitos aqueles que
querem usar a pena mediúnica para poder expressar a sobrevivência após a vida
física. Não o fazem por puro preconceito de serem ridicularizados, de não serem
aceitos, e resguardam as suas sensibilidades espirituais para não serem
colocados numa situação de desconforto. Muitos padres, cardeais até, sentem a
proteção espiritual nas suas reflexões, nas suas prédicas, que acreditam ser o
Espírito Santo, que na verdade são os irmãos que têm com eles algum tipo de
apreço e colaboram nas suas atividades.
Aceitação reencarnacionista se fortalece até entre os céticos
e radicais.
Em Uberaba, MG,
o saudoso padre José Lourenço da Silva Júnior, antes
de celebrar a sua tradicional missa do lava-pés, pronunciou essa belíssima
frase: “Seja no espiritismo ou no
catolicismo, todos nós somos cristãos e é isso que sempre vai nos unir".
Conrado Dantas
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