quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Aos poucos, PT vai “engolindo” a sociedade organizada

 
Em agosto de 2004, Lula encaminhou ao Congresso projeto de lei que prevê a criação do Conselho Federal de Jornalismo (CFJ) e suas respectivas seções estaduais. Segundo a proposta, o tal “Conselho” seria para “orientar, disciplinar e fiscalizar” o exercício da profissão e a atividade de jornalismo, inclusive com poderes de punir jornalistas. Outra função do CFJ, ainda segundo o texto, será a de “zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe” e “colaborar com o aperfeiçoamento dos cursos de jornalismo e comunicação social com habilitação em jornalismo”. O governo assumiria assim o papel da Federação Nacional de Jornalismo (Fenaj), uma instituição da Sociedade organizada, sem vínculo com o poder público. Agora o governo que agir da mesma forma com os Conselhos de Medicina.
Por sugerir algum tipo de controle numa atividade em que a liberdade de expressão é a base, a proposta causou polêmica na época e até o momento o tal “Conselho” não foi criado. Mas não foi a primeira vez que algum governo tentou calar a imprensa, e certamente não será a última, pois há dificuldades de relacionamento entre o governo e jornalistas, embora não necessariamente com os veículos de comunicação.
“Notícia é aquilo que nós não queremos que seja publicado, o resto é publicidade”, disse Lula num dos seus raros momentos de sinceridade. O chefe da Secretaria de Comunicação de Governo, Luiz Gushiken, já havia se queixado do que considera “negativismo” do noticiário. Naquele mesmo ano de 2004, um jornalista norte-americano, Larry Rohter, teve seu visto revogado por ter escrito uma reportagem no “New York Times” na qual abordava supostos abusos alcoólicos de Lula. A decisão do governo foi revista após a repercussão negativa do episódio. Além disso, nas reuniões de cúpula do governo, eram constantes as desaprovações à conduta de jornalistas e de órgãos de imprensa.
O ministro do trabalho na época, Ricardo Berzoini, afirmou que “atualmente não há nenhuma instituição com competência legal para normalizar, fiscalizar e punir as condutas inadequadas dos jornalistas”. O CFJ, segundo ele, ocuparia tal espaço. “O conselho poderá inclusive proteger, de forma indireta, o próprio jornalista, hoje sujeito a demissão sumária caso se recuse a seguir ordens superiores, mesmo as antiéticas ou destinadas a produzir reportagens falsas ou parciais”, afirmou, paternalmente, o ministro Berzoini, o “protetor dos Jornalistas oprimidos”, ignorando solenemente a Fenaj.

Medicina
Agora, o Congresso pode tirar dos conselhos de medicina o poder de conceder o registro provisório para os contratados no programa “Mais Médicos”. Se a proposta for aprovada, a responsabilidade será do Ministério da Saúde. Em todo o país, existem 372 médicos estrangeiros parados por falta do registro. Na quarta-feira passada (2), chegaram a Brasília mais 215 médicos cubanos. Até este fim da semana, vão desembarcar dois mil profissionais. Até o começo da tarde de quarta-feira, oito Conselhos Regionais de Medicina ainda não haviam emitido nenhum documento que autorizasse os médicos a trabalharem no Brasil.
O Conselho Federal de Medicina diz que a mudança proposta pelos parlamentares cria uma zona nebulosa para a fiscalização desses profissionais de fora. Já o Governo aprova a proposta, como saída para destravar o “Mais Médicos”. As perguntas que ficam são: Por que permitimos que estas coisas aconteçam? Por que os governantes se sentem tão seguros ao desrespeitar a sociedade, composta por cidadãos livres, empregadores dos que compõem o governo? Seria porque as mais nobres instituições da sociedade organizada estão muito corrompidas?

Política
Os políticos perderam totalmente o pudor e a vergonha, e já não temem o opinião pública, pois sabem que basta acenar com um punhado de favores ou de notas de Real, que suas eleições estão garantidas.
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Carmen Lúcia, incluiu na pauta da quinta-feira (03) o julgamento do pedido de registro do partido Rede Sustentabilidade, encabeçada por Marina Silva. A Rede conseguiu reunir a tempo o mínimo de 492 mil assinaturas necessária para obter o registro, mas quase 50 mil receberam do Ministério Público Eleitoral parecer pela rejeição do pedido, sem qualquer justificativa.
O partido quer que o TSE valide automaticamente um lote de 98 mil assinaturas que tiveram a certificação rejeitada na checagem dos cartórios eleitorais. Mas o ministro Marco Aurélio Mello, um dos sete integrantes do Tribunal que vão julgar o processo, afirmou que considera “muito difícil” aceitar o pedido de registro da legenda. Ou seja, é um claro jogo de cartas marcadas, como foi o julgamento dos “embargos Infringentes” dos mensaleiros.  A sociedade organizada assiste a tudo isso num silencio criminosamente conivente.
O País não tem saúde, segurança, transporte público, e não tem, principalmente, educação. Com a queda da USP, não temos mais uma universidade sequer entre as 200 (duzentas) melhores do mundo. Mas, temos Copa do Mundo, Olimpíadas e estádios de

Nenhum comentário: